O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, não renunciará ao cargo, disse neste domingo um dos colaboradores mais próximos do premiê, o ex-ministro da Justiça, Angelino Alfano. Em um comício no norte da Itália, Alfano disse que "o premiê não tem o desejo de renunciar. Nos últimos dias, a oposição de centro-esquerda da Itália, e até alguns ex-aliados de centro-direita de Berlusconi, pediram a renúncia do premiê após a divulgação de telefonemas bombásticos, pela promotoria de Nápoles, entre o premiê e o empresário Giampaolo Tarantini. Detido em Nápoles, Tarantini é acusado de extorquir Berlusconi. Ele contratou mais de 30 mulheres para festas de Berlusconi entre 2008 e 2009, algumas das quais se prostituíram para o premiê. Na Itália, a prostituição não é crime, mas explorar a atividade é um delito.
Berlusconi insiste que terminará seu mandato em 2013. Mas seu aliado que o mantém no poder, o partido xenófobo Liga Norte, tem dito que a data é "muito distante", afirmou o líder do grupo Umberto Bossi. O segundo político da Liga, Roberto Maroni, que é ministro do Interior, disse que ficará no governo "o tempo que Bossi disser para ficar".
Nos últimos dias a imprensa italiana publicou em detalhes os documentos da promotoria de Nápoles que trazem as gravações grampeadas entre o premiê e Tarantini, inclusive uma em que o premiê de 74 anos afirma que é um governante que "perde tempo" ao exercer o cargo. Berlusconi, que no "caso Tarantini" é considerado vítima, nega ter pago por sexo na vida. Tarantini reconheceu aos promotores que contratava as mulheres, mas afirma que o premiê não sabia que elas eram pagas.
Políticos da oposição italiana afirmam que Berlusconi precisa renunciar, uma vez que seus escândalos estão afetando a imagem da Itália no exterior. Eles também passaram a questionar a capacidade do premiê de tirar o país da grave crise financeira que atravessa.
Berlusconi insiste que terminará seu mandato em 2013. Mas seu aliado que o mantém no poder, o partido xenófobo Liga Norte, tem dito que a data é "muito distante", afirmou o líder do grupo Umberto Bossi. O segundo político da Liga, Roberto Maroni, que é ministro do Interior, disse que ficará no governo "o tempo que Bossi disser para ficar".
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