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Maranhão

Justiça aceita denúncia do GAECO contra núcleo familiar do Bonde dos 40 que atua no Piauí e Maranhão

Denúncia foi recebida pelos juízes Raul José Duarte Goulart, Rômulo Lago e Cruz, e Maria da Conceição.

O Tribunal de Justiça do Maranhão aceitou a denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) contra o núcleo familiar da facção criminosa Bonde dos 40, acusado dos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e associação para o tráfico. A denúncia foi recebida pelos juízes Raul José Duarte Goulart Júnior, Rômulo Lago e Cruz, e Maria da Conceição Privado Rêgo. Todos os réus foram alvos da Operação Cela 3, deflagrada em agosto de 2024. A operação teve abrangência nos estados do Maranhão, Piauí, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

O núcleo familiar do Bonde dos 40, formado por Laércio Augusto Oliveira Dias (líder do Bonde dos 40), sua esposa Elane Maria Soares de Oliveira, suas cunhadas Edvânia Soares de Oliveira e Eduarda Soares de Oliveira, e outros membros, era responsável pela continuidade das atividades criminosas da facção, mesmo após a prisão de Laércio. A denúncia aponta que, apesar de preso, Laércio manteve o controle sobre as operações da organização, coordenando desde o tráfico de drogas até o gerenciamento financeiro do grupo.

Foto: Alef Leão/GP1Gaeco
Gaeco

Função de cada membro da família

Elane Maria Soares de Oliveira, conhecida como "Ruiva", assumiu a liderança do tráfico de drogas durante a prisão do marido, sendo responsável pela gestão da distribuição de entorpecentes e pela lavagem de dinheiro. A casa de Elane era usada como depósito de drogas e valores ilícitos, além de ser o ponto de referência para a movimentação financeira da organização. Ela também prestava contas diretamente a Laércio, garantindo a continuidade das atividades criminosas.

As cunhadas de Laércio, Edvânia e Eduarda Soares de Oliveira, também desempenhavam papéis centrais nas operações do tráfico de drogas. Elas estavam envolvidas tanto na distribuição de drogas quanto na ocultação do dinheiro obtido com o tráfico. Ambas participaram ativamente das atividades de lavagem de dinheiro, movimentando valores provenientes do comércio ilegal de entorpecentes para ocultar a origem criminosa dos recursos.

Francisco das Chagas Silva Fernandes, conhecido como "Carinha", companheiro de Edvânia, era responsável por fornecer suporte logístico às operações do núcleo familiar. Seu papel incluía o transporte e a distribuição de drogas, colaborando para a organização e o fluxo de mercadorias ilegais. Da mesma forma, Leonardo dos Santos Silva, parceiro de Laís Amanda, irmã de Laércio, facilitava o transporte de drogas, incluindo a entrada de entorpecentes em presídios, e oferecia suporte logístico para as operações da facção.

Além disso, Laís Amanda de Oliveira e sua mãe, Leidinaura da Silva Oliveira, também desempenhavam funções essenciais dentro do grupo. Laís Amanda era responsável pelas operações financeiras, movimentando o dinheiro do tráfico e garantindo a lavagem de valores ilícitos. Leidinaura, por sua vez, ajudava na ocultação do patrimônio da organização, utilizando sua conta bancária para esconder os rendimentos do crime.

Com a denúncia sendo recebida pelos magistrados, os denunciados se tornaram réus pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

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