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Internacional

Lula e aliados iniciam disputa contra Trump pelo comando da OEA

A presidência da OEA é considerado um cargo crucial, com um mandato de cinco anos para o líder eleito.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou, na última terça-feira (4), o apoio à candidatura do diplomata surinamês Albert Ramdin à presidência da Organização dos Estados Americanos (OEA). A eleição para o cargo ocorrerá no próximo dia 10. O apoio brasileiro ocorre em meio à disputa com os Estados Unidos, que já manifestaram apoio ao ministro de Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, que é respaldado por grupos conservadores norte-americanos.

A decisão de apoiar Albert Ramdin foi anunciada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que destacou a "vasta experiência" do diplomata, incluindo sua atuação como secretário-geral adjunto da OEA. Segundo o governo brasileiro, Ramdin possui uma "posição única" para enfrentar os desafios contemporâneos dos países da América Latina, oferecendo uma perspectiva que reflete as realidades e aspirações do Caribe e da América em geral. O apoio brasileiro foi acompanhado por outros países latino-americanos, como Bolívia, Chile, Colômbia e Uruguai.

Foto: ItamaratyDiplomata surinamês Albert Ramdin e Mauro Vieira
Diplomata surinamês Albert Ramdin e Mauro Vieira

Ramírez Lezcano, por sua vez, faz parte do governo de direita do presidente paraguaio Santiago Peña, do Partido Colorado. O diplomata paraguaio esteve com o presidente dos EUA, Donald Trump, em novembro de 2024, em Mar-a-Lago, onde discutiram o fortalecimento das relações bilaterais e o desenvolvimento econômico entre os dois países.

Foto: ReproduçãoRubén Ramírez Lezcano e Donald Trump
Rubén Ramírez Lezcano e Donald Trump

A presidência da OEA é um cargo de grande relevância, já que o novo líder do organismo internacional ficará no posto por cinco anos. A OEA tem se tornado um ponto de disputa, especialmente com a produção de um relatório sobre liberdade de expressão, que está sendo finalizado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Esse relatório gerou críticas tanto de conservadores quanto de progressistas. No Brasil, setores ligados ao governo anterior de Jair Bolsonaro (PL) pressionam para que o relatório inclua menções aos “abusos” do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, enquanto o governo Lula defende que a OEA reconheça a tentativa de golpe de Estado contra o atual governo.

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