Nesta segunda-feira (17), a Justiça da Argentina decidiu julgar o ex-presidente,Alberto Fernández, por “lesões graves”. O político é acusado de cometer violência de gênero contra sua ex-mulher, Fabiola Yáñez, no período em que ele exercia a presidência do país.
O ex-presidente rejeitou todas as acusações durante a fase de instrução, alegando que a denúncia era “uma fraude processual sem precedentes.” Fernández, submeteu ainda um documento de 200 páginas à Justiça, a fim de solicitar o arquivamento do processo, contudo, não obteve sucesso.
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A denúncia foi formalizada em agosto de 2024 por Yáñez, de 43 anos. Ela alegou ter sofrido agressões físicas e psicológicas. A mulher tem um filho de dois anos com o ex-presidente e atualmente reside em Madri. A advogada da ex-primeira-dama, Mariana Gallego, informou que ainda cabe recurso.
Fernández foi declarado culpado pelos crimes de “lesões leves” em decisão do juiz Julián Ercolini. Também foi imposto um embargo de 10 milhões de pesos, o equivalente a R$ 54 mil, sobre seus bens. Além disso, o político deverá informar qualquer viagem que ultrapasse 72 horas fora de Buenos Aires. Se condenado, o ex-presidente poderá enfrentar uma pena de até 18 anos de prisão.
As provas do processo incluem registros fotográficos dos ferimentos, bem como o depoimento de Yáñez e registros de conversas entre os dois em plataformas digitais. O Ministério Público também apresentou provas adicionais, fornecidas pela secretária particular de Alberto, María Cantero, entre elas imagens em que a ex-primeira-dama aparece com hematomas no rosto e no corpo.
Contudo, em uma audiência realizada em outubro do ano passado, Fernández alegou inocência, argumentando que, na realidade, ele é que teria sofrido violência por parte de sua ex-mulher.
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