Izabella Furtado
Nesta quinta-feira (13), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que determina a aplicação de tarifas recíprocas contra países que impõem taxas sobre as importações de produtos americanos. A decisão incluiu, entre outros produtos, o etanol brasileiro.
A medida, que visa reforçar as tarifas de importação de produtos como aço e alumínio, pode impactar diretamente o comércio de etanol entre os Estados Unidos e o Brasil, além de outras nações afetadas pelas políticas de Trump. O Brasil é um dos maiores fornecedores de etanol para o mercado americano.
De acordo com o decreto, obtido pela Fox News, a administração Trump argumenta que as tarifas sobre o etanol entre os dois países são desiguais. Embora a tarifa dos Estados Unidos sobre o etanol seja de apenas 2,5%, o Brasil impõe uma tarifa de 18% sobre o etanol exportado pelos EUA. O texto do decreto destaca que, em 2024, os EUA importaram mais de US$ 200 milhões em etanol brasileiro, enquanto exportaram apenas US$ 52 milhões do produto para o Brasil.
A guerra tarifária de Trump não é um fenômeno novo. Logo no início de seu segundo mandato, ele anunciou a imposição de uma tarifa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para os Estados Unidos. O Brasil, é o terceiro maior exportador de aço para o país. Além disso, durante seu primeiro mandato, ele já havia tomado medidas similares, resultando em consequências como demissões em empresas brasileiras do setor de aço. No entanto, o presidente dos EUA recuou na ocasião e as tarifas foram canceladas.
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