De acordo com uma reportagem da BBC, que irá ao ar nesta segunda-feira (15), o papa João Paulo II manteve uma amizade “intensa” com uma filósofa casada, Anna Teresa Tymieniecka. Os mais de 30 anos de amizade foram comprovados por cartas trocadas entre os dois. Não existem provas de que o papa tenham rompido seu voto de castidade.
No programa Panorama da BBC, o jornalista que descobriu as cartas, Edward Stourton, afirma que os documentos “são a janela mais extraordinária sobre a vida privada de uma das pessoas mais famosas da História”.
João Paulo II escreveu mais de 350 cartas à americana de origem polonesa Anna Teresa. As cartas foram encontradas na biblioteca polonesa à qual a filósofa as legou em 2008.
"Querida Teresa, recebi as três cartas. Escreve que está sendo dilacerada, mas não pude encontrar nenhuma resposta as suas palavras", escreveu Karol Wojtyla em uma carta datada de 1976. Apenas dois anos depois assumiu a missão de papa e escolheu o nome de João Paulo II. Na carta, ela descreve a filósofa como “um presente do céu”.
A carta mostra "um combate para conter o que era certamente uma relação muito intensa", acrescentou Stourton. A primeira carta está datada em 1973, ano do encontro entre os dois. Poucos meses antes da morte de João Paulo II, em 2005, o papa enviou sua última carta à Anna Teresa.
Em uma carta de 10 de setembro de 1976, ele escreveu: “No ano passado, já estava buscando uma resposta a essas palavras: ‘Eu pertenço a você’, e finalmente, antes de partir da Polônia, encontrei uma maneira, um escapulário. A dimensão na qual aceito e sinto você em todos os tipos de situações, quando você está perto e quando você está distante”.
Paixão antiga
O sacerdote polonês Adam Boniecki, que conviveu com João Paulo II, acredita que Anna Tymienieck tivesse sido apaixonada por Karol Wojtyla antes mesmo dele se tornar papa.
"Tymieniecka traduziu para o inglês um dos livros de Karol Wojtyla e o tornou conhecido nos meios universitários americanos. Mas esta tradução gerou tensões entre eles", recordou o sacerdote.
No programa Panorama da BBC, o jornalista que descobriu as cartas, Edward Stourton, afirma que os documentos “são a janela mais extraordinária sobre a vida privada de uma das pessoas mais famosas da História”.
Imagem: Divulgação
João Paulo II teve relacionamento intenso com filósofa casada

João Paulo II escreveu mais de 350 cartas à americana de origem polonesa Anna Teresa. As cartas foram encontradas na biblioteca polonesa à qual a filósofa as legou em 2008.
"Querida Teresa, recebi as três cartas. Escreve que está sendo dilacerada, mas não pude encontrar nenhuma resposta as suas palavras", escreveu Karol Wojtyla em uma carta datada de 1976. Apenas dois anos depois assumiu a missão de papa e escolheu o nome de João Paulo II. Na carta, ela descreve a filósofa como “um presente do céu”.
Imagem: Bill e Jadwiga Smith
Os dois em um acampamento em 1978
"Eram mais que amigos, mas menos que amantes", disse Stourton. O jornalista insistiu que em nenhuma das cartas existe a prova de que o papa João Paulo II tenha rompido o voto de castidade. 
A carta mostra "um combate para conter o que era certamente uma relação muito intensa", acrescentou Stourton. A primeira carta está datada em 1973, ano do encontro entre os dois. Poucos meses antes da morte de João Paulo II, em 2005, o papa enviou sua última carta à Anna Teresa.
Imagem: Bill e Jadwiga Smith
Papa João Paulo II no Vaticano com Anna Teresa

Em uma carta de 10 de setembro de 1976, ele escreveu: “No ano passado, já estava buscando uma resposta a essas palavras: ‘Eu pertenço a você’, e finalmente, antes de partir da Polônia, encontrei uma maneira, um escapulário. A dimensão na qual aceito e sinto você em todos os tipos de situações, quando você está perto e quando você está distante”.
Paixão antiga
O sacerdote polonês Adam Boniecki, que conviveu com João Paulo II, acredita que Anna Tymienieck tivesse sido apaixonada por Karol Wojtyla antes mesmo dele se tornar papa.
"Tymieniecka traduziu para o inglês um dos livros de Karol Wojtyla e o tornou conhecido nos meios universitários americanos. Mas esta tradução gerou tensões entre eles", recordou o sacerdote.
Imagem: Bill e Jadwiga Smith
Anna Teresa e Karol Wojtyla em 1977
"Se estava apaixonada pelo cardeal Wojtyla, não era a única", afirma Boniecki, autor de “Kalendarium”, uma crônica diária que detalha a vida do papa. 
Ver todos os comentários | 0 |