O influenciador Igor Viana, de 24 anos, está sendo investigado por suspeita de cometer crimes contra sua própria filha deficiente, que tem apenas 2 anos de idade. Em vídeos publicados nas redes sociais, ele debocha da criança.
Igor Viana se identifica nas redes sociais como “Pai da Soso” e acumula milhares de seguidores em seus perfis, relatando a rotina da filha que tem paralisia cerebral. Ele utiliza a imagem da menina para angariar doações que, supostamente, seriam revertidas para os cuidados dela.
Além de suspeita de maus-tratos contra a pequena Sophia Viana, Igor também é investigado por estelionato, desvio de proventos de pessoa com deficiência e por causar constrangimento à criança em Anápolis (GO). A mãe da criança, Ana Santi, também é investigada por desviar o dinheiro da filha e utilizar para fazer procedimentos estéticos.
De acordo com a delegada que investiga o caso, Aline Lopes, as primeiras queixas contra Igor foram por maus-tratos devido ao modo como ele trata a filha nos próprios vídeos em que ele publica nas redes. Em um dos vídeos virais no TikTok ele pede para a filha ir ao mercado e em determinado momento chama a menina de “criança inútil do caralho”.
O influencer nega que cometeu os crimes contra a criança. "Minha filha não tem PIX, então se eles foram trouxas, a culpa não é minha. Eu não sou obrigado a usar o dinheiro que eles mandam especificamente com a minha filha. Eu também tenho necessidade de serem supridas. Também sou um ser humano", disse Igor durante entrevista à imprensa.
Além disso, ele chamou a menina de “chata”, dizendo que ela deu muito trabalho para ele e que as vezes tem vontade de “largar na porta do orfanato”. “Eu não imaginava que uma criança que tem 10% do cérebro funcionando fosse tão chata e pudesse me dar tanto problema. A vontade, às vezes, é de largar na porta do orfanato e deixar alguém se virar, alguém tomar conta”, afirmou o influenciador.
O caso segue sendo investigado e em breve as testemunhas, inclusive os pais da menina deverão prestar depoimentos. O Conselho Tutelar de Anápolis encaminhou a criança para a casa dos avós paternos após a investigação.
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