A defesa do atacante Bruno Henrique se pronunciou nesta terça-feira (12) e pediu o arquivamento do processo que investiga o jogador por manipulação de jogos, além da devolução dos bens que foram apreendidos. De acordo com nota assinada pelo advogado Ricardo Pieri Nunes, é possível observar erros no processo de investigação por parte da Polícia Federal e do Ministério Público.
Segundo a defesa de Bruno Henrique, o atleta poderia correr o risco de ser substituído durante o jogo, já que recebeu um cartão amarelo de forma supostamente proposital, apenas aos 52 minutos do segundo tempo. Além disso, os advogados do jogador do Flamengo também afirmaram que o caso já havia sido investigado e arquivado pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).
A nota também alegou que a imagem de Bruno Henrique foi atingida de maneira injusta e irreparável por uma operação infundada, esperando que essa investigação possa também ser arquivada com brevidade para que o atleta possa seguir exercendo sua profissão com integridade e sem maiores danos.
No dia 5 de novembro, gentes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços relacionas ao atleta, alegando que familiares de Bruno Henrique e alguns apostadores realizaram apostas para o jogador receber cartão amarelo no duelo contra o Santos, no dia 1º de novembro de 2023, pelo Brasileirão. No momento, a odd para o atleta levar uma advertência era de 3,10, com três apostas sendo suspeitas.
Confira a nota na íntegra
Após análise de documentos que baseiam a operação da Polícia Federal e do Ministério Público contra o atleta Bruno Henrique, do Flamengo, por suposta manipulação em partida válida contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro de 2023, a defesa do atacante vem a público reforçar o caráter íntegro de seu cliente, que tem uma carreira vitoriosa moldada por ética e correção. Protocolizamos no último sábado na Justiça pedido de arquivamento da investigação e a imediata devolução de seus bens apreendidos em operação na última terça-feira.
É de se ressaltar que este caso já foi investigado e arquivado no STJD, por não encontrar indícios de manipulação por parte do referido atleta. O tribunal entendeu que o lance em questão, no qual foi aplicado o cartão amarelo a Bruno Henrique, nem sequer era passível de falta.
O tribunal também destacou à época de sua investigação a inverossimilhança da tese de manipulação, uma vez que o referido atleta teria esperado até os 52 minutos do segundo tempo para receber um cartão amarelo supostamente premeditado, correndo o risco de ser substituído ao decorrer da partida.
Protocolizamos também pedido para análise das informações que foram fornecidas pelas três casas de apostas mencionadas no processo à IBIA (International Betting Integrity Association). Nem a Polícia Federal nem o Ministério Público procuraram aferir se o método técnico-científico para a produção e extração dos dados que baseiam a denúncia foi devidamente observado. Verifica-se nos autos que a equipe policial não se desincumbiu de trazer aos autos registros válidos sobre a produção e extração dos dados e não assegura a confiabilidade das informações apresentadas.
Esperamos que essa investigação possa também ser arquivada com brevidade para que o atleta possa seguir exercendo sua profissão com integridade e sem maiores danos à sua imagem, que já foi atingida de maneira injusta e irreparável por uma operação infundada.
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