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Seleção de Mano Menezes perde pênaltis e é desclassificada da Copa América

Nas cobranças, todos os batedores brasileiros erraram, enquanto que os paraguaios converteram dois e saíram vitoriosos.

O Brasil cansou de perder gols com a bola rolando e também parada e acabou pagando caro. Foi eliminado da Copa América pelo Paraguai nos pênaltis na tarde deste domingo por 2 a 0 no estádio Ciudad de La Plata, em La Plata, na Argentina, após empate sem gols nos 120 minutos de tempo normal e prorrogação e deu adeus ao sonho do tricampeonato genuíno.

Nas cobranças, todos os batedores brasileiros erraram, enquanto que os paraguaios converteram dois e saíram vitoriosos. Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred perderam, enquanto que Estigarribia e Riveros marcaram para o adversário. Barreto desperdiçou.

O jogo teve de tudo, dribles belos passes e muitas chances de gols criadas e desperdiçadas pelo time verde-amarelo, além de muita entrega de ambos os lados. Em deteminado momento foi tanta que acabou virando briga, e o árbitro argentino Sergio Pezzota acabou expulsando dois, Lucas Leiva do lado brasileiro e Alcaraz no paraguaio.

No tempo normal, o Brasil cansou de criar chances e perder gols com Pato, Neymar, André Santos e até Fred, que entrou na vaga do segundo, machucado, aos 34. Foram 19 finalizações, sendo seis no alvo, contra apenas quatro - nenhuma no gol - do Paraguai durante os 94 minutos de bola rolando, um massacre de oportunidades que não se converteu em bola na rede.

Agora, o Paraguai enfrentará na noite da próxima quarta-feira pelas semifinais, no estádio Malvinas Argentinas, em Mendoza, às 21h45, o vencedor do confronto entre Chile e Venezuela. O segundo fez parte do grupo brasileiro na primiera fase e conseguiu arrancar um empate por 0 a 0 na estreia.

O jogo - Foi da seleção brasileira a primeira chegada com mais chances de gol, logo aos três minutos, com Ramires chutando do bico da área pela direita do ataque, mas mandando à esquerda, pelo alto, de Villar. O Paraguai respondeu timidamente aos cinco com Estigarribia arriscando da esquerda, mas o chute saiu fraco e a bola passou à esquerda de Júlio César, que só acompanhou.

Aos seis, Robinho enfiou ótima bola para Alexandre Pato já dentro da área adversária, pela esquerda. O atacante rolou para o meio, a bola bateu na zaga rival e sobrou limpa para Neymar, que bateu de primeira por cima do gol, mas assustando Villar.

A partida ficou alguns minutos truncda no meio de campo, com o Brasil tendo mais posse de bola e trocando mais passes. Foi só 16 que houve novamente boa chance de gol. Maicon desceu pela direita, cruzou e acertou o adversário, ganhando escanteio. Após a cobrança, Pato pegou o rebote da zaga de primeira, mas furou.

Robinho, em ótima apresentação, e Ganso distribuíam bem e rapidamente o jogo, enquanto o Paraguai não conseguia repetir as jogadas pela esquerda com Estigarribia, como abusou de fazer no primeiro jogo, pela fase de grupos. O meio-campo era verde-amarelo, tanto que a posse de bola aos 24 mostrava 57% a 43% favorável ao time brasileiro.

Aos 26 apareceu a chance mais clara da partida até então. Como Mano gosta, o ataque roubou a bola ainda no campo de fesa adversário, Robinho esperou a hora certa e deu a Neymar, que livre tentou tirar do goleiro, mas acabou jogando para a fora.

Aos 32, Vera fez nova falta falta - seriam quatro ao final do primeiro tempo -, desta vez em Neymar, mesmo já tendo recebido o cartão amarelo aos 21. Na cobrança, Andé Santos levantou para a área e achou Lúcio livre na entrada da pequena área. O zagueiro achou a bola com um carrinho, mas o goleiro Villar fez ótima intervenção. O Brasil criava, mas desperdiçava chances. Como aos 40, quando Ramires enfiou ótima bola em profundidade para André Santos, que invadiu a área em diagonal e chutou forte, mas por cima do gol, torto.

O segundo tempo começou sem nenhuma modificação de ambos os lados e com o Brasil criando chances claras, como ocorrera no primeiro. Logo aos três minutos, Neymar recebeu bola perfeita de Alexandre Pato dentro da área, cortou para dentro e bateu, a bola passou por Villar, mas Alcaraz tirou de qualquer jeito. A bola sobrou do outro lado, para Maicon, que encheu pé e viu a bola estourar nos zagueiros.

A seleção de Mano continuava melhor que a de Gerardo Martino, e aos seis, André Santou arriscou de longe, mas errou o alvo e mandou longe do gol. Só o Brasil atacava. Aos 10, Neymar recebeu de Ganso pela esquerda do ataque, avançou dois passos em bateu cruzado, mas a bola pasou à esquerda de Villar, que se esticou todo.

A rotina de gols perdidos seguia. Aos 17, Paulo Henrique Ganso desceu pelo meio e lançou Maicon em profundidade na direita. O lateral cortou para dentro,mas antes que chutasse viu Robinho aparecer e emendar para o gol, mas a bola passou à esquerda de Villar, para fora.

Aos 21 foi a vez do camisa 10 chutar e ver o goleiro defender, a bola ir na trave, voltar em suas costas e sair para escanteio. Júlio César não trabalhava, mas o Brasil cansava de perder chances. Aos 27, Neymar cobrou falta lateral levantando a bola para a área, Pato dominou no peito e, de frente para o gol, encheu o pé, mas viu Villar fechar sua frente com muita coragem e salvar de novo o Paraguai.

Aos 34 fred entrou no lugar de Neymar, machucado. Aos 36, o atacante ganhou disputa pelo alto já ajeitando para Robinho, que avançou e lançou Pato. O atacante do Milan errou a passada, mas conseguiu concluir. A bola bateu no goleiro e voltu para ele, que cabeceou já sem equilíbrio e mandou para fora.

Aos 38, após escanteio, Fred ganjou da zaga e cabeceou, e a bola já havia passado pelo goleiro quando Barreto afastou em cima da linha. Era sufoco do Brasil e drama no fim da partida. Aos 43, Barreto chutou da intermediária, a bola desviou e chegou fácil para Júlio César. Aos 44, Valdez ganhou de Lúcio e bateu forte, mas mandou à direita do goleiro brasileiro. Sergio Pezzota apitou o final do tempo normal aos 48.

Prorrogação

O tempo extra começou com o Brasil chegando primeiro. Após lançamento, Pato dominou de costas para o gol já ajeitando para Fred, que chutou de primeira, mas pegou mal na bola. Ela saiu fraca e ficou fácil para a defesa de Villar.

Aos cinco minutos, Robinho fez linda jogada individual pela esquerda do ataque, driblou dois marcadores e tocou para Pato, aberto na ponta do mesmo lado. Ele cruzou procurando Ganso no segundo pau, mas o arqueiro paraguaio saiu bem e fez a defesa. Aos 9, Ganso deu lugar a Lucas.

Aos 10, disputa de bola na lateral do campo acabou em briga, e o árbitro argentino Sergio Pezzota, passado o tumulto, expulsou Lucas Leiva e Alcaraz. A segunda etapa se iniciou com o Brasil mantendo a superioridade, mas sem jogadas de gol. Aos seis, pato saiu para Elano entrar.

O Paraguai quase teve a chance de finalizar o jogo e levar a vaga para as semifinais aos 12. Estigarribia desceu pela esquerda e cruzou, Valdez, do outro lado, emendou um chute de primeira, sem pulo, no canto contrário de Júlio César, que só torceu e viu bola sair à sua direita. Não teve jeito, foi preciso ir aos pênaltis.

FICHA TÉCNICA
BRASIL (0) 0 X 0 (2) PARAGUAI

Local: Estádio Ciudad de la Plata, em La Plata (Argentina)
Data: 17 de julho de 2011, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Sergio Pezzotta (Argentina)
Assistentes: Ricardo Casas (Argentina) e Efraín Castro (Bolívia)
Cartões amarelos: Vera, Barreto e Marecos (P), André Santos e Maicon (B)
Cartões vermelhos: Alcaraz (P) e Lucas Leiva (B)

BRASIL: Júlio César; Maicon, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires e Paulo Henrique Ganso (Lucas); Robinho, Alexandre Pato (Elano) e Neymar (Fred)
Técnico: Mano Menezes

PARAGUAI: Justo Villar; Darío Verón, Paulo Da Silva, Alcaraz e Aureliano Torres (Marecos); Vera (Barreto), Caceres, Cristian Riveros e Estigarribia; Lucas Barrios (Perez) e Haedo Valdez
Técnico: Gerardo Martino


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