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'Ninguém vai me dizer como tenho que viver', afirma Gloria Maria

Apresentadora comentou repercussão de recentes declarações em entrevista: 'Nunca serei politicamente correta! Acho um saco! Sou livre, rebelde!'.

Após a repercussão de suas recentes declarações críticas ao que chamou de "politicamente correto", a apresentadora Gloria Maria usou suas redes sociais para abordar novamente o assunto na noite desta terça-feira, 29.

A jornalista relembrou um trecho do desfile da escola de samba Mangueira no carnaval do Rio de Janeiro em 1988, do qual participou.


"Orgulho da minha vida. Da minha história! Nunca serei politicamente correta! Acho um saco! Sou livre. Rebelde! Ninguém vai me dizer como tenho que viver!", escreveu.

Confira a postagem abaixo:

Gloria Maria e o 'politicamente correto'

As declarações da apresentadora que chamaram atenção nas redes sociais surgiram em uma live com a jornalista Joyce Pascowitch, no sábado, 26, após a seguinte pergunta: "Nesses últimos anos, a TV mudou muito. Se modernizou, seriados, séries... Junto com isso, explodiu essa questão do assédio moral e do assédio sexual. Provavelmente, devia existir, mas, hoje em dia, está tudo muito na vitrine, né?"

Gloria Maria respondeu: "Se você quer saber, eu acho isso tudo, basicamente, um saco. Por exemplo, hoje, tudo é racismo, tudo é preconceito... Eu, até hoje, na TV, tenho meus câmeras antigos, os técnicos que estão comigo há 40 anos, todos me chamam de 'Neguinha'. Eu nunca me ofendi, nunca me senti discriminada. Me chamam de uma maneira amorosa, carinhosa. É claro que se falam 'Ô, nega', não sei o quê, é outra coisa."

"Então, hoje, tudo é preconceito, tudo é assédio. Está chato. Estou há mais de 40 anos na televisão. Já fui paquerada muitas vezes, mas nunca me senti assediada moralmente. Acho que o assédio moral é uma coisa clara, não tem dubiedade. Não tem como você interpretar. O assédio é uma coisa que te fere, é grosseiro, te machuca, te incomoda, te desmoraliza", continuou.

"Agora, a paquera, pelo amor de Deus... Eu estou cansada desse negócio. Os homens estão com medo. Eu quero ser paquerada ainda, gente, estou viva. Mas existe uma cultura hoje que 'não pode', e nós mulheres sabemos bem fazer a diferença de uma paquera para o assédio, um abuso sexual", prosseguiu.

Por fim, Gloria Maria concluiu: "Acho que esse mundo está muito chato. Essa coisa do politicamente correto é um porre. Eu não sou politicamente correta e não vou ser, não adianta, não venho de um mundo politicamente correto."

"Acho que politicamente correto é o caráter, a honestidade, a sua capacidade de olhar para o outro. Isso é politicamente correto. Agora, esse mundo que a gente está, que vem muito da amargura das pessoas, da frustração das pessoas, isso eu não gosto, não aceito. Nessa eu não entro, não, sob nenhuma hipótese", encerrou.

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