Em entrevista ao apresentador Silvio Santos, veiculada pelo SBT na noite deste domingo (28), o presidente Michel Temer (PMDB) defendeu, durante 30 minutos, a necessidade da aprovação, pelo Congresso Nacional, da proposta do governo da Reforma da Previdência.
"Se não houver uma reformulação da Previdência, o que vai acontecer daqui a dois, três anos, é aquilo o que aconteceu em Portugal e na Grécia: ou seja, a dívida previdenciária é tão grande, tão expressiva, que lá foi preciso cortar 30%, 40% dos vencimentos dos funcionários públicos”, disse.
- Foto: Lourival Ribeiro/SBTMichel Temer participa do programa Silvio Santos no SBT
De acordo com informações do Uol, Temer disse também que os Estados não terão como pagar a aposentadoria. Hoje a dívida previdenciária é de R$ 189 bilhões, no ano seguinte será de R$ 220 bilhões. Quando você tem um equilíbrio das contas públicas, você tem queda da inflação, queda dos juros, você tem alimento mais barato. E quando não há essa possibilidade, as contas públicas crescem de uma tal maneira que você começa a ter prejuízos” afirmou.
O presidente destacou ainda que a reforma “não prejudicará os mais pobres”. "Esta (reforma da) Previdência não prejudica os pobres, os trabalhadores rurais estão excluídos (do projeto) e os deficientes físicos também", disse. "Quem vai sofrer uma pequena consequência é quem ganha 13, 14, 15, 20 mil reais", afirmou, destacando o estabelecimento de uma previdência complementar para quem deseja se aposentar com valores acima do teto do INSS (hoje em R$ 5.531,31).
Antes de deixar a emissora, na tentativa de ser mais simpático, o presidente deu uma nota de R$ 50 ao apresentador.
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