Em entrevista ao GP1 nesta quinta-feira (23), o pré-candidato ao Governo do Piauí, Sílvio Mendes (União Brasil), lembrou ao pré-candidato ao Senado Federal pelo Podemos, o empresário Fábio Sérvio, que o ex-senador João Vicente Claudino (Podemos) tem identidade própria e não precisa de interlocutores para decidir o melhor caminho a trilhar nestas eleições.
A reação do presidente do União Brasil no Estado veio depois que Sérvio retrucou sua fala quanto ao interesse de contar com o apoio de JVC. Sílvio recorreu ao passado para reforçar a relação de proximidade e respeito que sempre nutriu com Sérvio e João Vicente.
“Tenho admiração pelo Fábio, ele é um idealista. Mas, me parece que o João Vicente tem identidade própria para decidir qual o caminho dele, seja na vida privada ou pública. Quando o Bolsonaro ganhou a eleição, Fábio esteve em minha casa me convidando para o partido do Bolsonaro e naturalmente não fui, porque sou coerente. Bolsonaro tinha acabado de ser eleito com todo poder, todo prestígio e eu não fui”, recordou Mendes.
“Esse posicionamento de discordar vem lá do começo e João Vicente também sempre foi coerente. Ele nunca mudou seu posicionamento pela inteligência que tem. A relação de amizade permanece até hoje e não é nada estranho o meu desejo de que ele [JVC] chegue perto”, acrescentou Sílvio.
Diálogo com JVC
O pré-candidato a governador do União Brasil disse que ao decidir se candidatar a prefeito de Teresina pela primeira vez, buscou diálogo com João Vicente que, à época, estava no PTB. Com isso, o alinhamento foi firmado por meio da indicação de Elmano Férrer, que era da sigla petebista, para a vaga de vice-prefeito.
“Quando eu fui candidato a prefeito procurei João Vicente. Ele decidiu que o PTB seria aliado, com Elmano como vice. Ganhamos e a primeira pessoa que visitei foi o João Vicente. Minha pergunta foi: ‘João Vicente ganhamos a eleição, quais os quadros do PTB têm perfil para cuidar da cidade’. Elmano estava presente, mas não aceitou ser secretário de Planejamento e coordenador-geral. Quem foi para lá foi o Freitas Neto”, recordou Mendes.
“João Vicente lembrou do Marcos Elvas, que assumiu a SDU Sul e foi um grande gestor. Quando fomos para reeleição não tinha essa necessidade política de fazer aliança, mas por coerência e gratidão, mantivemos a aliança PSDB/PTB. Nem falei com João Vicente, nem com Elmano, foi algo natural. Eu dizia que existia possiblidade de deixar a prefeitura [e ser candidato ao Governo], por naquele tempo, já não concordar com a gestão petista. Deixei a prefeitura sem dívida, com mais de 150 milhões de reais”, afirmou Mendes.
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