O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, elegeu 99 deputados federais e terá a maior bancada da Câmara a partir de 2023. Nem todas as urnas foram fechadas e o número final pode mudar com a totalização oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Já a federação formada por PT, PCdoB e PV, que encabeça a coligação do candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), terá a segunda maior bancada, com 79 deputados.
Os números são do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), com base nos resultados da eleição computados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“O Partido Liberal, do presidente Jair Bolsonaro, garantiu hegemonia no Congresso Nacional”, diz relatório do órgão. Além da Câmara, o PL elegeu oito senadores e terá uma bancada de 13 parlamentares na Casa, contando com os senadores em exercício atualmente.
Na sequência do ranking da Câmara, aparecem os seguintes partidos: União Brasil (59), PP (47), Republicanos (42), MDB (42), PSD (42), PSDB (18) e PDT (17). Ao todo, 19 partidos elegeram ao menos um representante na Câmara, o que concretiza uma redução no número de siglas. Em 2018, 30 legendas haviam sido vitoriosas.
Somente os partidos do núcleo duro do Centrão (PL, União, PP e Republicanos) elegeram 229 deputados federais, o que representa 48% da Câmara – ou seja, metade da Casa. Na prática, o resultado consolida o domínio do grupo e o avanço desses partidos no controle da pauta legislativa e do Orçamento da União.
As legendas da coligação de Lula elegeram ao todo 121 deputados e representam um grupo menor de parlamentares na Câmara. Para a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), por exemplo, são necessários no mínimo 308 votos favoráveis na Casa em dois turnos de votação.
O posto de maior partido pode mudar após o posse dos eleitos. O PP e o União anunciaram a intenção de formar uma legenda única. Se a fusão se concretizar, a nova sigla terá 106 deputados, formando a maior agremiação do Congresso.
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