Desde que o presidente da República Jair Messias Bolsonaro confirmou que vai se filiar ao Partido Liberal no dia 22 de novembro, membros da sigla no Piauí, que faz parte da base de sustentação do Governo Wellington Dias (PT), passaram a avaliar outros cenários para a disputa de 2022.
O deputado federal Fábio Abreu, que foi secretário de Segurança Pública de Wellington, destacou que não irá apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro. Abreu disse ainda que é complicado estar em uma sigla e ao mesmo tempo em um palanque diferente.
"Não votei, não declarei voto no presidente Bolsonaro. Não votei nele, claro, e participei das eleições votando em outro candidato. Com o desenvolvimento do governo dele, fiz a maioria das votações acompanhando o partido que é da base dele, mas as principais e mais polêmicas, exerci minha convicção independente, tanto que votei algumas matérias de forma contrária à orientação do partido", afirmou o deputado.
“Não voto no Bolsonaro. E assim é até complicado você estar no mesmo partido e não votar no candidato a presidente da República daquele partido”, pontuou Fábio Abreu.
PL no Piauí
No estado do Piauí o PL é comandado pelo deputado estadual Fábio Xavier e faz parte da base de sustentação do governo petista de Wellington Dias. Além de Xavier, a sigla conta com mais dois deputados na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), são eles Dr. Hélio e Coronel Carlos Augusto. Fábio Abreu e Marina Santos integram a bancada federal do partido no estado.
Desconforto na base
O presidente do PT no Piauí, Francisco Limma, avaliou que mesmo que o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, tenha garantido que o partido terá liberdade para montar suas coligações nos estados, a filiação de Bolsonaro vai trazer desconforto inclusive para os integrantes do Partido Liberal.
“É desconfortável, a gente não pode negar. É claro que mesmo o Valdemar dizendo que o PL está liberado para fazer as coligações, isso gera um desconforto e a gente vai discutir com os outros partidos da base sobre isso”, declarou Limma.
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