Bárbara Rodrigues
Germana Chaves
Cinco candidatos ao Governo do Piauí assinaram nessa segunda-feira (17) um “Manifesto das oposições em defesa do Piauí”, onde criticam a gestão de Wellington Dias (PT) e pedem ação mais efetiva dos órgãos de controle no combate a corrupção. Participaram do encontro os candidatos Elmano Férrer (Podemos), Luciano Nunes (PSDB), Fábio Sérvio (PSL), Romualdo Seno (DC), Dr. Pessoa (Solidariedade) e Valter Alencar (PSC).
Os candidatos destacaram as operações Topique, Natureza e Itaorna, realizadas nas últimas semanas, envolvendo fraudes em licitações envolvendo secretarias e coordenadorias do Estado do Piauí. O senador Elmano Férrer fez a leitura do manifesto e depois cada candidato teve a oportunidade de discursar.
Segundo o manifesto, as recentes declarações do governador são falsas, principalmente em relação as operações que estão sendo realizadas. “Em vez de colaborar com as investigações, o governador ataca os órgãos de controle e nega que pessoas do seu governo estejam sendo investigadas, embora os fatos os desmintam. Por não honrar com as suas dívidas o estado está proibido de contrair empréstimos até julho de 2019, há poucos dias o Tesouro Nacional bloqueou o FPE ao Piauí o que põe em risco o pagamento dos servidores. O Piauí deve R$ 2.5 bilhões ao tesouro nacional e bancos federais, além de outros R$ 3 bilhões a instituições financeiras internacionais, mas o governador alegou no seu programa eleitoral que não temos dívidas”, diz o manifesto.
O candidato Elmano Férrer destacou que essa foi a maneira que os candidatos encontraram de demonstrar indignação sobre o que está acontecendo no Piauí. “Essa nossa reunião é exatamente para fazer um manifesto para a sociedade contra a indignação de todos nós e manifestando a insegurança da sociedade e do que ela pensa do atual momento, onde eu particularmente acredito que é um dos mais graves momentos da história política e administrativa que esse estado já passou. Chegar o caos que estamos vivenciando, onde o governo diz uma coisa e os dados dizem outra. As incursões dos órgãos de controle do estado já estão com denúncias, cinco secretarias do estado sob denúncias e investigações. Três coordenadorias na mesma situação. No meu entendimento, essa é uma eleição fraudada de princípio. Está caracterizada que o governador estar em incurso contra o princípio da constituição e que a candidatura dele está em jogo e é preciso que a sociedade e os órgãos de controle se manifestem antes da eleição”, destacou.
Fábio Sérvio disse que esse é “um momento histórico no Estado do Piauí, isso nunca aconteceu em nenhuma eleição. Onde as oposições se unem e revelam preocupação e está evidente os fatos que estão acontecendo no Piauí. Isso aqui é um marco histórico, é um momento do Piauí refletir, apartidário, nada de ideologia, todos unidos para combater a corrupção no estado, que é o principal fator de destruição dos cofres públicos, da diminuição da qualidade da prestação de serviços é a corrupção”.
Sérvio falou ainda que o PT é um câncer para o Estado. “As pessoas estão acordando diante do que está acontecendo no Estado do Piauí. Não há um outro caminho senão enfrentarmos de frente e colocarmos o dedo na ferida. Esse câncer que se tornou o Governo Welington Dias e o PT para o Piauí. Não há outro tratamento se não impedir a reeleição desse cidadão chamado José Wellington Barroso de Araújo Dias. O PT é uma organização criminosa no Brasil e no Piauí, Wellington está querendo seu quarto mandato. Hoje com tantas operações ficou muito claro”, disparou Sérvio.
Já Dr. Pessoa pediu mais agilidade nas investigações."Os órgãos de controle que deveriam estar na linha de frente para deixar um Brasil mais democrático, estão falhando. A justiça e as investigações, inclusive o viés da comunicação que está sendo parcial. Gostaríamos que o Brasil fluísse com imparcialidade, mas está havendo parcialidade em determinados viés desses órgãos citados. Estamos pedindo ao Ministério Público Federal que tenha mais agilidade nessa corrupção desenfreada no Estado do Piauí", criticou Dr. Pessoa.
Luciano Nunes falou que o governador tem como meta se perpetuar no poder. “Nós estamos indignados com a situação que está acontecendo aqui no Piauí. O que está em curso e um projeto arquitetado de perpetuação de um grupo político no poder. Está em curso em todas as etapas. É no fatiamento do Governo com 69 secretarias e coordenações com status de secretaria que foram distribuídas para os aliados do governador. E de se destacar a atitude do governador que ao invés de apoiar as investigações, colaborar com as investigações assumiu postura de atacar as instituições de controle, atacou o Ministério Público, o Tribunal de Contas, atacou a polícia, só não atacou a justiça que foi quem determinou”, disse Nunes.
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