Pré-candidato ao senado da República, o deputado federal Marcelo Castro (MDB), é assíduo cliente do empresário Antônio Luís Ramos de Resende Júnior, o conhecido “Júnior da Luauto”.
O deputado vem utilizando a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar para o pagamento de aluguel de veículos exclusivamente na locadora Luauto Rent a Car, de propriedade do empresário.
- Foto: GP1-Divulgação Marcelo Castro e Júnior da Luauto
No total foram gastos de 2015 a 2018 o valor de R$ 293.401,86 (duzentos e noventa e três mil, quatrocentos e um real e oitenta e seis centavos), assim distribuídos:
2015 – R$ 67.194,00 (sessenta e sete mil, cento e noventa e quatro reais)
2016 – R$ 76.929,56 (setenta e seis mil, novecentos e vinte e nove reais e cinquenta e seis centavos)
2017 – R$ 109.815,00 (cento e nove mil, oitocentos e quinze reais)
2018 – R$ 39.463,30 (trinta e nove mil, quatrocentos e sessenta e três reais e trinta centavos).
Os valores são referentes ao aluguel de dois veículos, uma Pick-Up Amarok, ano 2016, e um Toyota Etios, ano 2014. Segundo a Tabela Fipe, com o valor despendido seria possível adquirir três automóveis zero quilometro, no caso, duas pick-ups Amarok (R$ 127.339,00, cada) e um Etios (R$ 47.256,00).
O empresário Júnior da Luauto responde a inúmeras ações de improbidade administrativa na Justiça Estadual e Federal, uma delas por conluio em licitação e outra por ter, supostamente, sido beneficiado pelo prefeito Firmino Filho, na desapropriação do terreno onde fica situada a Vila Palitolândia.
Segundo o MP, o Município de Teresina pagou à empresa Luauto Factoring Fomento Mercantil Ltda e à Luauto Car a quantia de R$ 6.750.000,00 valor este que compreende estar superestimado.
O empresário realizou uma das operações mais lucrativas que se tem notícia no mercado imobiliário de Teresina em todos os tempos.
Outro lado
O deputado Marcelo Castro disse ao GP1 na manhã desta quarta-feira (25), que não há nenhuma ilegalidade no aluguel dos veículos. "São gastos normais da verba indenizatória que todo deputado federal do Brasil tem. Essa verba é para postal, telefone, aluguel de veículo e combustíveis. Todos os meses os deputados fazem as despesas, apresentam as notas e são ressarcidos pelas despesas feitas. Isso é normal", disse o deputado.
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