Os donos de pequenos negócios estão mais otimistas com o futuro da economia brasileira. A mais recente Sondagem Conjuntural, realizada pelo Sebrae entre os dias 28 de agosto e 12 de setembro, mostra que depois de cair para o patamar de 31,4% (sondagem de junho de 2018), o percentual de empresários que acreditam em uma melhora da economia nos próximos 12 meses voltou a subir, alcançando 37,6%.
Esse percentual de otimistas superou o de empresários que acreditam que a economia vai permanecer como está (30,4%). Já o percentual de empresários pessimistas, que acham que a economia irá piorar, caiu de 30,9% (sondagem de junho/2018) para 22,5% (sondagem de setembro/2018).
O objetivo da sondagem, que ouviu 2.992 entrevistados entre Microempreendedores Individuais e proprietários de micro e pequenas empresas, é conhecer as expectativas dos donos de pequenos negócios em relação à economia brasileira e ao futuro do seu próprio negócio, seja do setor de comércio e serviços, seja da indústria ou da construção civil.
“Tivemos uma queda brusca no percentual de otimistas entre março e junho, de 49,2% para 33,2%, em relação ao futuro da economia. Essa queda é atribuída às crises e incertezas nos campos político e econômico, e à greve dos caminhoneiros, que ocasionou o desabastecimento. Agora vemos outro cenário. Os empresários estão mais confiantes e isso reflete diretamente no dia a dia dos pequenos negócios”, afirma o diretor superintendente do Sebrae no Piauí, Mário Lacerda.
Ainda segundo Lacerda, as incertezas desestimulam os investimentos e afetam o faturamento dos empreendimentos. “Com mais confiança, é possível traçar estratégias para avançar e ir bem mais além”, acrescenta.
Entre as razões apontadas pelos empreendedores entrevistados, a expectativa de que os novos políticos eleitos poderão melhorar a economia do país (68,8%) e os sinais de recuperação da economia (62%) são as principais justificativas indicadas para a retomada do otimismo.
Os mais otimistas são os empresários das regiões Norte e Centro-Oeste, do setor da construção civil. Os clientes do Sebrae também se destacam entre os que vêem um futuro bem mais promissor para a economia do país e para os seus negócios.
“O empresário de pequeno negócio é naturalmente otimista e a perspectiva de mudança na condução política do país acaba por injetar novos ânimos. Resta agora os candidatos incluírem, nos planos de governo, mais propostas para assegurar a sobrevivência das micro e pequenas empresas, diante desse ambiente hostil para empreender que existe no Brasil”, analisa o presidente do Sebrae Nacional, Guilherme Afif Domingos.
Entre as razões apontadas pelos empresários pessimistas, que em sua maioria são das regiões Sudeste e Nordeste e atuam no setor da indústria, estão a falta de confiança nos políticos atuais (92,1%) e a ausência de perspectivas de que o país vai melhorar após as eleições (69%), além dos altos índices de desemprego e do endividamento da população, que afeta diretamente o poder de compra.
No que se refere às perspectivas positivas em relação ao faturamento dos negócios, após a queda de 51,8% para 40,1%, de março a junho de 2018, esse índice voltou a subir, chegando ao patamar de 44,9%.
A sondagem completa está disponível no site do Sebrae e pode ser acessada através do endereço eletrônico https://bit.ly/2y57863.
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