Davi Fernandes
O primeiro-ministro da China, Li Qiang, anunciou nesta quarta-feira (5) a meta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país para 2025, estipulando um aumento de "cerca de 5%". Esta meta, mantida em relação ao ano de 2024, foi comunicada durante a abertura da Assembleia Nacional Popular, realizada em Pequim.
Em seu discurso, Li reconheceu que o ano passado foi marcado por dificuldades devido a pressões externas, como o unilateralismo e o protecionismo, que afetam diretamente as cadeias produtivas e de suprimentos globais. Ele destacou que essas questões, especialmente no comércio e em ciência e tecnologia, continuam a impactar a economia chinesa. Apesar disso, o governo chinês tem se mostrado confiante em sua capacidade de lidar com tais desafios e avançar em direção ao crescimento.
Li também anunciou medidas de estímulo econômico, com um aumento no limite do déficit público, que passará a representar cerca de 4% do PIB, o maior valor em mais de 30 anos. O governo também se comprometeu a criar 12 milhões de novos empregos urbanos e reduzir o consumo de energia em 3%, com o objetivo de melhorar a eficiência energética e manter os avanços ambientais.
Entre os principais desafios para 2025, Li apontou o aumento do consumo interno e a necessidade de estimular a demanda doméstica, considerada insuficiente para sustentar o crescimento econômico. O premiê afirmou que o consumo se tornará o "motor principal" da economia chinesa e que medidas especiais serão adotadas para aumentar o poder de compra da população. A meta de inflação foi reduzida para 2%, a menor em mais de 20 anos.
Além disso, o primeiro-ministro reiterou a intenção da China de manter sua política de abertura econômica, promovendo um aumento da integração com os mercados internacionais.
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