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Economia e Negócios

Déficit da Previdência cresce 60% em 9 anos e totaliza R$ 417 bilhões

Cerca de 70% dessa quantia foi gasta com benefícios do INSS, que teve saldo negativo de R$ 304,6 bilhões.

Nos últimos nove anos, o déficit de pagamentos com a Previdência Social subiu quase 60%. Somente em 2024, foram R$ 416,8 bilhões destinados ao pagamento da aposentadoria e pensões para trabalhadores da iniciativa privada, servidores públicos federais e militares, o que equivale a 3,45% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Segundo levantamento feito pelo Tesouro Nacional, comparado a nove anos atrás, em 2015, o valor gasto foi R$ 260,6 bilhões, o que equivale a 2,64% do PIB na época.


Foto: Lucas Dias/GP1Previdência Social
Previdência Social

O último resultado, de 2024, foi melhor do que o de 2023, quando foi registrado um déficit de R$ 437,9 bilhões. Entretanto, especialistas alertam que essa redução pode não ser algo positivo, uma vez que esse resultado é influenciado pelo crescimento das receitas, pela maior arrecadação de contribuições e pelo mercado de trabalho aquecido.

Déficit em 2024 pode indicar necessidade de mudança

O valor gasto com a Previdência em 2024 também pode indicar a necessidade de mudanças nas regras de concessão de aposentadorias, tanto para os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) quanto para os servidores públicos. Autoridades também discutem a revisão do regime de proteção social dos militares. Essas alterações já foram propostas pelo Governo Federal e encaminhadas ao Congresso.

De acordo com o levantamento, 70% do déficit do último ano está diretamente relacionado aos gastos com o INSS, cujos saldos negativos totalizaram R$ 304,6 bilhões, ou 2,52% do PIB, mesmo após a reforma da previdência de 2019.

Em 2015, a despesa com o INSS foi de R$ 141 bilhões, ou 1,43% do PIB. Naquela época, grande parte dos benefícios concedidos era equivalente a um salário mínimo.

Por outro lado, o déficit com a previdência dos servidores públicos e militares seguiu uma tendência contrária. Em 2015, esse valor foi de R$ 66,1 bilhões, ou 0,67% do PIB, enquanto, atualmente, é de R$ 60,4 bilhões, ou 0,5% do PIB. O gasto com pensões e inativos militares também diminuiu, passando de R$ 53,5 bilhões para R$ 51,8 bilhões. Esse desempenho positivo é resultado do aumento das receitas em contribuições previdenciárias.

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