O Banco Central (BC) está prestes a lançar uma nova funcionalidade para o Pix, permitindo pagamentos por aproximação. A previsão é que a nova modalidade entre em vigor em todo o Brasil no dia 28 de fevereiro, trazendo mais praticidade aos usuários do sistema de pagamentos instantâneos.
Pix por aproximação: como vai funcionar?
Com a nova funcionalidade, os usuários poderão realizar pagamentos sem precisar acessar o aplicativo da instituição financeira. O processo será semelhante ao dos pagamentos com cartões por aproximação. Para utilizar o serviço, será necessário integrar as chaves Pix às chamadas “wallets” (carteiras digitais), permitindo que o cliente cadastre sua conta na carteira digital e a utilize para pagamentos presenciais.
Esse recurso funcionará por meio da tecnologia NFC (Near Field Communication), possibilitando que o usuário aproxime o celular de um terminal de pagamento, como as maquininhas de cartão, para concluir a transação.
A fase de testes começou em novembro de 2024, inicialmente disponível apenas para clientes do Itaú, C6 e PicPay na carteira digital do Google. Mais recentemente, instituições como BTG Pactual, Mercado Pago e Sicredi também passaram a oferecer a funcionalidade.
Pix automático: novidade prevista para 2025
Outra novidade em desenvolvimento é o Pix automático, previsto para ser lançado em 16 de junho de 2025. Com essa funcionalidade, será possível programar pagamentos recorrentes, funcionando de forma similar ao débito automático. O novo recurso permitirá que usuários quitem contas de serviços essenciais e assinaturas, como:
Água e energia;
Escolas e faculdades;
Academias e condomínios;
Clubes sociais e planos de saúde;
Serviços de streaming e portais de notícias;
Empresas do setor financeiro.
A expectativa é que o Pix automático torne o pagamento de serviços mais ágil e prático, reduzindo burocracias e facilitando o controle financeiro dos usuários.
“Bolepix”: modernização dos boletos bancários
Outra inovação anunciada pelo Banco Central é o “Bolepix”, que moderniza as regras dos boletos de pagamento ao integrar a funcionalidade do Pix. A principal mudança é a substituição do tradicional código de barras por um QR Code, permitindo que o usuário faça o pagamento diretamente via Pix.
A nova regulamentação, que entrou em vigor no dia 3 de fevereiro de 2024, amplia a padronização dos boletos com QR Code, garantindo maior segurança e eficiência nas transações. Com isso, o BC busca aliar a aceitação e a praticidade do boleto bancário à rapidez do Pix.
Crise do Pix e monitoramento da Receita Federal
No início de 2024, o Pix esteve no centro de uma polêmica devido a uma norma da Receita Federal que previa o monitoramento das movimentações financeiras realizadas pelo sistema. A medida gerou forte reação da oposição e de setores da sociedade, levando o governo Lula (PT) a revogar a norma ainda em janeiro.
A normativa foi interpretada como um endurecimento da fiscalização sobre trabalhadores informais e a classe média, o que gerou apreensão entre os usuários do Pix. No entanto, segundo técnicos do Banco Central, a crise não afetou a adesão ao sistema, que continua crescendo cerca de 30% ao ano.
Conclusão
Com a implementação do Pix por aproximação, do Pix automático e do Bolepix, o Banco Central reforça seu compromisso com a modernização dos meios de pagamento no Brasil. As novas funcionalidades prometem mais praticidade, rapidez e segurança, consolidando o Pix como um dos principais métodos de pagamento do país.
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