Para conter o aumento do preço do arroz, decorrente das enchentes no Rio Grande do Sul, o Governo Federal planeja subsidiar a importação do produto. O plano é importar até 1 milhão de toneladas de arroz, com o objetivo de manter o preço do pacote de 5 quilos em R$ 20. Para isso, o governo terá que conceder um subsídio médio de R$ 5 por pacote.
A medida visa garantir a margem de venda de pequenos comerciantes, mercados e mercearias, que devem ser os principais vendedores do arroz. Atualmente, pesquisas na internet mostram que pacotes de 5 quilos de arroz, de diferentes marcas, estão sendo vendidos a preços superiores aos R$ 20 previstos pelo governo.
Inicialmente, o Governo Federal planeja importar 100 mil toneladas de arroz de países do Mercosul, que possuem isenção tributária. A maior parte do arroz importado deve vir do Paraguai, o maior vendedor de arroz ao Brasil. Para atingir a meta de 1 milhão de toneladas, o Brasil terá que buscar mercados fora do Mercosul, como Tailândia e Vietnã.
Em breve, dois editais devem ser lançados: um para que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) possa importar o produto e outro para a sua distribuição. A medida vem em resposta às enchentes que afetaram 90,5% dos municípios do Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.
Apesar das enchentes, a Federarroz, que representa as Associações de Arrozeiros Regionais do RS, informou que 84% da área cultivada no estado foi colhida antes do início das chuvas. A entidade projeta que a safra 2023/2024 atingirá aproximadamente 7.150 mil toneladas, uma redução de cerca de 1,24% em relação à safra anterior. A federação considera que não há risco de desabastecimento, já que a possível diminuição da disponibilidade de arroz será compensada pelo incremento da importação.
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