Em março de 2023, a Receita Federal registrou a maior arrecadação de tributos desde o início da série histórica, em 1995. Somente no mês passado, o Governo Federal somou mais de R$ 190 bilhões em impostos, contribuições e demais receitas. Esse número é 7,22% maior do que o registrado no mesmo período em 2022, quando a arrecadação totalizou R$ 177,7 bilhões. As informações constam em reportagem do site O Antagonista.
Além disso, se somada, a arrecadação de tributos dos primeiros três meses de 2024 ultrapassaram os R$ 660 bilhões. Esse índice corresponde a um crescimento real de 8,4% em relação ao primeiro trimestre de 2022. Segundos os números do Fisco, tanto o resultando mensal quanto o trimestral representam um recorde histórico no pagamento de tributos ao Governo Federal.
Conforme a Receita Federal, esse aumento na arrecadação se deve especialmente à retomada da tributação integral sobre combustíveis, o que gerou ganho real de PIS/Pasep e Cofins de 20,6%. Ou seja, R$ 40 bilhões de reais arrecadados em óleo diesel e gasolina.
A tributação de fundos exclusivos, considerada uma medida de equilíbrio para as contas públicas, gerou R$ 3,38 bilhões de reais. Por sua vez, a Receita Previdenciária totalizou R$ 53 bilhões, ou seja, um crescimento real de 8,40% tendo em via o crescimento de 7,90% da massa salarial.
Nesse mesmo cenário, o levantamento feito também implica o crescimento de 11% nas compensações tributárias com débito de receita previdenciária no mês de março. Na tentativa de equilibrar receitas e despesas, o governo continua mirando o contribuinte ante a máquina arrecadatória.
Com isso, o Governo Federal tenta atingir o déficit zero, para tentar se recuperar o déficit primário registrado em 2023, que totalizou R$ 230,05 bilhões. O resultado foi o pior desde o fim da pandemia. No entanto, para que essa meta seja alcançar, a receita líquida no país deve aumentar cerca de R$ 280 bilhões.
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