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Economia e Negócios

Setor público do Brasil teve o 2º maior déficit da história em 2023

O resultado negativo de 2023 só foi superado pelo de 2020, o primeiro ano da pandemia de Covid-19.

O setor público consolidado do Brasil, composto por União, Estados, municípios e empresas estatais, registrou em 2023 o segundo maior déficit primário da história, acumulando de janeiro a novembro um rombo nas contas públicas de R$ 119,6 bilhões. Esses dados foram divulgados pelo Banco Central na sexta-feira, 5 de janeiro de 2024.

O déficit primário, que é a diferença entre as receitas e despesas do governo, excluindo o pagamento dos juros da dívida, indica que os gastos superaram a arrecadação. Isso pode resultar em um aumento na trajetória da dívida do Brasil. O resultado negativo de 2023 só foi superado pelo de 2020, o primeiro ano da pandemia de Covid-19, quando os governos ao redor do mundo foram pressionados a aumentar os gastos públicos para mitigar os efeitos da crise sanitária.


De acordo com os dados do Banco Central, o setor público consolidado apresentou um déficit fiscal de R$ 651,1 bilhões de janeiro a novembro de 2023. Este resultado foi atípico, considerando que nos mesmos meses de 2021 e 2022, foram registrados superávits de R$ 64,6 bilhões e R$ 137,8 bilhões, respectivamente.

Ao comparar 2023 com 2022, houve uma piora nas condições das contas públicas do setor público consolidado em R$ 257,4 bilhões. Isso significa que a situação fiscal do país se deteriorou significativamente em um ano.

O déficit no setor público em 2023 foi principalmente impulsionado pelas contas do governo central, que inclui o governo federal e o Banco Central. Eles tiveram um déficit de R$ 137 bilhões de janeiro a novembro. Portanto, o déficit menor de R$ 119,6 bilhões foi possível devido ao saldo negativo nas contas dos Estados, municípios e empresas estatais.

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