O IPCA-15, que é a prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,35% em setembro, acima da meta estabelecida pelo governo. Esse resultado representa uma aceleração de 0,07 ponto percentual em relação a agosto e o maior nível para o mês desde 2021. A alta foi puxada principalmente pelo aumento dos preços dos combustíveis, especialmente da gasolina.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os dados nesta terça-feira (26). Segundo o órgão, a gasolina subiu 5,18% e foi o item que mais contribuiu para o IPCA-15, com um impacto de 0,25 ponto percentual. Outros componentes do grupo também tiveram elevação, como etanol (3,72%), óleo diesel (2,56%) e gás veicular (0,16%).
No acumulado do ano, a prévia da inflação já soma 3,74%, acima do centro da meta de 3,25% definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Em 12 meses, o IPCA-15 chegou a 5%, superando o limite superior de tolerância de 4,75%. A última vez que a taxa anualizada ficou acima desse patamar foi em março deste ano (5,36%).
O mercado financeiro projeta uma inflação de 4,86% para 2023, segundo o Boletim Focus do Banco Central. Para tentar conter a pressão inflacionária, o BC vem elevando a taxa básica de juros (Selic), que está atualmente em 7% ao ano. A expectativa é que a Selic chegue a 8% até o final do ano.
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, seis tiveram alta em setembro. Além dos Transportes (1,07%), os maiores aumentos foram registrados em Habitação (0,45%); Alimentação e Bebidas (0,32%) e Saúde e cuidados pessoais (0,31%). Por outro lado, os grupos Vestuário (-0,40%); Comunicação (-0,03%) e Educação (-0,01%) apresentaram queda.
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