Davi Fernandes
Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que a carga do sistema elétrico deve crescer 5,8% em setembro, em comparação com o mesmo período do ano passado. O aumento representa um custo adicional de R$ 1,5 bilhão para o setor elétrico, que já sofre com as altas temperaturas do Brasil.
A alta temperatura é causada por um sistema de alta pressão atmosférica que impede a circulação de uma massa de ar quente, que fica parada e continua sendo aquecida. No meio urbano, as temperaturas são ainda maiores, chegando a 40°C em algumas cidades. As previsões climáticas indicam que a onda de calor deve persistir até o final do mês.
O aumento da demanda por energia elétrica é mais expressivo no Norte, com 10,6%. O Sudeste e o Centro-Oeste devem registrar avanço de 6,1%, enquanto o Nordeste e o Sul devem ter crescimento de 4,2% e 3,8%, respectivamente. Esses dados são do boletim do Programa Mensal de Operação (PMO), que traz cenários prospectivos de expansão na demanda de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Apesar do aumento da carga, os níveis dos reservatórios das hidrelétricas devem se manter acima de 70% em três submercados: Sul (85,2%), Norte (73,7%) e Sudeste/Centro-Oeste (72,6%). O Nordeste deve ficar com 67,2% da energia armazenada. O resultado é positivo porque o período mais seco do ano está próximo do fim.
O ONS afirma que está monitorando a situação e adotando medidas para garantir o suprimento de energia elétrica no país. Entre as ações estão o acionamento das usinas termelétricas, a importação de energia de países vizinhos e a redução da vazão dos rios para preservar os reservatórios.
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