A Argentina está em crise econômica e política, com baixas reservas de dólares, uma dívida bilionária com o FMI e em meio a uma eleição presidencial incerta. Atualmente, o país sul-americano tem apenas US$ 28 bilhões em caixa, o que representa uma queda de quase 40% desde o início do ano.
O atual presidente, Alberto Fernández, não vai tentar a reeleição e o seu ministro da Economia, Sergio Massa, será o candidato governista. O país deve US$ 57 bilhões ao FMI, em decorrência de um empréstimo negociado em 2018 pelo governo de Macri, que governou o país entre 2016 e 2020, sucedendo a ex-presidente Cristina Kirchner.
Fernández tentou renegociar a dívida com o FMI e ampliar as políticas sociais, no entanto, não conseguiu avançar nas negociações com o FMI e anunciou em julho que não pagaria uma parcela de US$ 2,7 bilhões que vencia naquele mês. Ele disse que usaria recursos de outras fontes, como um empréstimo da CAF (Corporação Andina de Fomento) e moeda chinesa.
A crise argentina afeta não só os argentinos, mas também os seus vizinhos, especialmente o Brasil, que é um importante parceiro comercial e estratégico na região. O Brasil exportou US$ 9,4 bilhões para a Argentina em 2022, sendo o terceiro maior destino das vendas brasileiras no exterior. O Brasil também tem interesse em manter a estabilidade política e a integração regional na América do Sul.
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