Os brasileiros estão comprando mais produtos importados de baixo valor pela internet, principalmente da China. Segundo um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a importação de itens com valor de até US$ 50 (cerca de R$ 240) cresceu 11,4% nos 7 primeiros meses deste ano, na comparação com o mesmo período de 2022. O total de produtos chegou a 3,3 bilhões, no qual 1,3 bilhão veio da China.
A pesquisa analisou mais de 10.000 tipos de bens de consumo com valor individual de até US$ 50. Entre os mais comprados pelos piauienses estão roupas, calçados, acessórios, eletrônicos, brinquedos e cosméticos. A China é o principal país de origem desses produtos, representando quase 40% do total. Em seguida vem o Paraguai, com apenas 8,9%.
A CNC atribui o aumento das compras internacionais à valorização do real frente ao dólar e à alta carga tributária doméstica. Segundo a confederação, esse tipo de comércio prejudica a competitividade do produto nacional e pede que haja uma isonomia tributária para as importações de bens de consumo de baixo valor.
Em 1º de agosto, entrou em vigor a isenção federal para compras online de até US$ 50. Essa medida foi anunciada pelo Ministério da Fazenda em junho e vale para empresas que participem do programa Remessa Conforme da Receita Federal. A isenção se aplica tanto para remessas enviadas pelos Correios quanto por empresas de correspondência e independe se o remetente é pessoa física ou jurídica.
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