A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) prevê um crescimento de 1,3% no setor em 2024, impulsionado por um aumento nas obras públicas municipais, a queda na taxa básica de juros, o início da produção de unidades da faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida, e um incremento de 50% nos saldos das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No entanto, a instituição alerta para uma possível queda no número de novos empreendimentos e uma desaceleração no setor devido às altas taxas de juros.
Com a chegada das eleições municipais, a Cbic projeta um aquecimento nas obras e construções no primeiro semestre de 2024. A expectativa é que as prefeituras inaugurem novas obras até junho, em um esforço para mostrar serviço e ganhar apoio público.
Apesar das perspectivas positivas, a Cbic alerta para o risco de o setor fechar o ano sem novos projetos. Isso pode impactar especialmente os financiamentos, já que a maioria dos bancos oferece melhores condições de empréstimo para a compra de imóveis novos.
A construção civil deve fechar o ano com uma queda de 0,5%, segundo a Cbic. A instituição aponta as altas taxas de juros como o principal motivo para a desaceleração do setor.
Além disso, o fim do ciclo de pequenas reformas, que teve um boom durante a pandemia e desacelerou em 2021 e 2022, também contribui para a queda. No fim de 2022, a expectativa era de alta de 2,5%, que foi revisada para 1,5% em julho. No entanto, com uma retração de 3,8% no Produto Interno Bruto (PIB) setorial no 3º trimestre, a instituição viu os números caírem.
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