Leona da Mata
Ninguém gosta mais de desconto do que o brasileiro, e com a chegada da Black Friday, consumidores aproveitam a chance para comprar aquilo que tanto procuram. Nesta sexta-feira (23), a oportunidade bate na porta de vários brasileiros, mas fica o alerta em relação aos diversos golpes em que os consumidores se tornam suscetíveis nesse período.
O estudante de Jornalismo, Felipe Adriam, é um dos consumidores que irão aproveitar os descontos. Em entrevista ao GP1, ele contou que já tem em mente o que pretende comprar, e por isso tem adotado algumas medidas para fazer a melhor escolha na compra do produto.
“Eu quero comprar um perfume, e desde o início da semana eu ando pesquisando porque é um costume que eu tenho sempre que vou comprar, principalmente em sites. Além disso também fico atento às avaliações que as pessoas colocam, assim como fotos e outras ferramentas que indicam que aquele produto realmente condiz com o que está sendo anunciado”, relatou o estudante.
Cuidados
O advogado Fernando Varanda, especialista em direito do consumidor, aponta que a pesquisa de preços é um dos processos essenciais para evitar as fraudes durante esse período de promoções. Isso porque, segundo ele, alguns varejistas acabam se aproveitando do período para mascarar os preços e enganar o cliente. “Algumas lojas mascaram o verdadeiro preço do produto, pondo no anúncio um valor maior do que o que realmente custava, e que o consumidor teria um desconto em razão da Black Friday, anunciando o produto no valor que ele sempre custou”, detalhou o especialista.
Como exemplo, um produto que sempre custou 400 reais, acaba sendo anunciado pelo mesmo preço, com uma mensagem falsa de que esse valor é resultado de um desconto de 200 reais, indicado que o item custaria 600 reais antes da promoção.
Para o especialista, ao realizar a pesquisa antes da Black Friday, o comprador pode ter uma noção do preço médio do produto, e assim pode identificar a promoção mais vantajosa. Fernando Varanda destaca que outro golpe comum nessa época é a criação de sites falsos que simulam grandes empresas, e que também devem receber uma atenção redobrada para prevenir um prejuízo.
“Nesses falsos sites encontramos páginas com layout que se aproximam em quase 100% aos dos verdadeiros, onde o consumidor sequer percebe que está acessando uma página que nada tem relação com a empresa que imagina estar fazendo negócio. Nesse caso é ideal observar se o site possui certificação digital (a presença de cadeado indicado junto ao endereço no navegador), assim como verificar as grafias do site, como letras duplicadas e erros de escrita”, destacou o advogado.
Denúncia
Em casos de fraude, o consumidor deve usar de todas as ferramentas a seu alcance para registrar: dados da compra, anúncio de promoções falsas, sites falsos, etc, para em seguida encaminhá-los ao Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/MPPI).
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