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Economia e Negócios

Banco Central da Argentina eleva taxa de juros para 133%

Aumento dos juros ocorre em um momento crítico para a economia argentina, que enfrenta enorme inflação.

O Banco Central da República Argentina (BCRA) anunciou o aumento da taxa básica de juros do país de 118% para 133%, em uma tentativa de conter a inflação e a desvalorização da moeda nacional. A decisão surpreendeu o mercado, que esperava uma alta maior, de 145%, segundo fontes ouvidas pela agência Reuters.

O aumento dos juros ocorre em um momento crítico para a economia argentina, que enfrenta uma inflação anual de três dígitos e uma queda do poder de compra da população. Segundo o índice oficial, a inflação mensal foi de 12,7% em setembro, acumulando 88,9% nos últimos 12 meses.


A situação se agravou após o governo anunciar uma desvalorização do peso de quase 18% em meados de agosto, que fez a moeda ultrapassar a barreira psicológica de 1.000 pesos por dólar no início desta semana. A desvalorização também afetou as reservas internacionais do país, que caíram para cerca de US$ 25 bilhões.

O aumento dos juros é uma das medidas adotadas pelo BCRA para tentar estabilizar o câmbio e conter a fuga de capitais. O órgão também anunciou um endurecimento dos controles cambiais e uma redução da emissão monetária. No entanto, os analistas duvidam da eficácia dessas medidas e alertam para os riscos de uma recessão mais profunda e de uma crise social.

O cenário econômico também tem impacto na política, já que o país se prepara para as eleições presidenciais marcadas para 22 de outubro. O atual presidente, Mauricio Macri, busca a reeleição, mas enfrenta uma forte oposição liderada pela ex-presidente Cristina Kirchner, que tem vantagem nas pesquisas de intenção de voto.

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