O Banco da Inglaterra (BoE) decidiu elevar sua taxa básica de juros em 25 pontos-base pela quinta vez consecutiva, a 1,25%, em meio à persistência da inflação alta no Reino Unido, após concluir reunião de política monetária nesta quinta-feira, 16. A decisão do BC inglês veio em linha com a expectativa de analistas.
Segundo comunicado do BoE, seis de seus nove dirigentes de política monetária votaram pelo aumento do juro básico a 1,25%. Os três dissidentes defenderam um aumento mais agressivo da taxa, a 1,50%.
Em meio aos impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia, em especial nos preços de energia, o BoE prevê que a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) britânica deverá ficar acima de 9% nos próximos meses e acelerar para "um pouco mais" de 11% em outubro.
Ainda no comunicado, o BC inglês sinalizou que aumentos mais agressivos do juro básico poderão ser necessários para domar a inflação. "O comitê (de política monetária do BoE) ficará particularmente alerta a indicações de pressões inflacionárias mais persistentes e agirá com força", se necessário", afirmou.
O BoE também projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido sofrerá contração de 0,3% no segundo trimestre deste ano, diante de resultados mais fracos do que o esperado em abril.
Suíça
O Banco Central da Suíça (SNB, pela sigla em inglês) também anunciou nesta quinta-feira, 16, um inesperado aumento de juros, o primeiro desde setembro de 2007. O SNB elevou sua principal taxa de juros em 50 pontos-base, de -0,75% a -0,25%, numa tentativa de conter a inflação doméstica. Economistas consultados pelo The Wall Street Journal esperavam que o juro básico ficasse inalterado.
A inflação anual suíça acelerou para 2,9% em maio, atingindo o maior nível em mais de uma década.
Em comunicado, o SNB disse que não poderá descartar mais aumentos de juros no "futuro previsível" para estabilizar a inflação.
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