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Economia e Negócios

Projeção para inflação salta para 6,45% após aumento de combustíveis

Após a nona alta consecutiva, a estimativa do IPCA para 2022 já está 1,45 ponto porcentual acima do teto.

Após o mega-aumento de combustíveis anunciado pela Petrobras na semana passada, os economistas do mercado financeiro aumentaram de 5,65% para 6,45% a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial.

Há um mês, a projeção era de 5,50%. Além disso, o Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 14, pelo Banco Central, também mostrou altas nas projeções para 2023 e 2024, indicando uma desancoragem mais ampla a dois dias da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), o órgão que define a taxa básica de juros do País.


Após a nona alta consecutiva, a estimativa do IPCA para 2022 já está 1,45 ponto porcentual acima do teto da meta estabelecida para este ano, de 5%, apontando probabilidade cada vez maior de novo descumprimento pelo BC de seu mandato principal em 2022, após o desvio de 4,81 pontos porcentuais em 2021, quando o IPCA foi de 10,06%. O alvo central é de 3,50%, com tolerância de 1,50 ponto porcentual para cima e para baixo (2,00%).

Já a expectativa para o IPCA em 2023 subiu de 3,51% para 3,70%, se distanciando do centro da meta (3,25%, banda de 1,75% a 4,75%). A estimativa era 3,50% há quatro semanas.

A projeção para 2024 também subiu, de 3,10% para 3,15%, enquanto a projeção para 2025 continuou em 3,00%. Há quatro semanas, as projeções eram de 3,04% e 3,00%, nessa ordem.

A meta para 2024 é de 3,00%, com margem de 1,5 ponto porcentual (de 1,5% para 4,5%). Para 2025, por sua vez, a meta ainda não foi definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

No comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) de fevereiro, as projeções para a inflação do BC estavam em 5,4% em 2022 e 3,2% em 2023. Na oportunidade, o colegiado elevou a Selic em 1,5 ponto porcentual, para 10,75% ao ano.

O mercado financeiro também passou a projetar uma alta maior na taxa básica de juros da economia, a Selic, neste ano. Até então, os analistas estimavam que a Selic avançaria para até 12,25% ao ano no fim de 2022. Na semana passada, porém, passaram a projetar uma alta maior: para 12,75% ao ano no fechamento deste ano.

Já para o fechamento de 2023, a expectativa do mercado para a taxa Selic subiu de 8,25% para 8,75% ao ano. Deste modo, o mercado financeiro segue estimando queda dos juros no ano que vem, mas em menor intensidade.

PIB

O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta manhã mostrou melhora na previsão mediana para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, que passou de 0,42% para 0,49%. Há um mês, a estimativa era de 0,30%.

O aumento aconteceu após a divulgação do crescimento do PIB do ano passado de 4,6% pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para 2023, por sua vez, a mediana cedeu de 1,50% para 1,43%, de 1,50% há quatro semanas. Para 2024, a estimativa seguiu em 2,00%, mesma projeção de quatro semanas atrás. O Relatório Focus ainda trouxe a mediana para 2025, que também continuou em 2,00%. Há um mês, a estimativa de crescimento do PIB em 2025 já era de 2,00%.

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