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Economia e Negócios

Bolsonaro diz que é 'inadmissível' Petrobras aumentar preço do gás natural

O presidente participou hoje em Foz do Iguaçu da cerimônia do novo diretor-geral brasileiro da Itaipu.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, 7, que é "inadmissível" a Petrobras reajustar o preço do gás natural em 39%, como anunciado nesta semana. Se dirigindo ao general Joaquim Silva e Luna, escolhido por ele para assumir a estatal, o presidente defendeu que haja previsibilidade sobre reajustes: "Podemos mudar esta política de preços lá", afirmou.

"Ele [Silva e Luna] sabe que é uma empresa que, mais do que transparência, tem que ter previsibilidade. É inadmissível se anunciar agora, o velho presidente ainda, um reajuste de 39% no gás. É inadmissível. Que contratos são esses? Que acordos foram esses? Foram feitos pensando no Brasil? Em um período de três meses?", disse.


O presidente participou hoje em Foz do Iguaçu (PR) da cerimônia de posse do general João Francisco Ferreira como novo diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional. Ele substituirá Joaquim Silva e Luna, que deve assumir a presidência da Petrobrás assim que receber o aval do conselho de administração da estatal.

No evento, Bolsonaro citou que Silva e Luna aceitou "de pronto" o convite para a presidência da Petrobrás. "Fomos de novo atacados como interferindo na estatal, as ações caindo, o dólar subiu um pouco mais e isso influencia no preço final do combustível no Brasil.", comentou em referência ao anúncio da troca no comando da empresa, feito em 19 de fevereiro.

Silva e Luna substituirá Roberto Castello Branco no comando da petrolífera. A troca na presidência da Petrobrás ocorreu após os reajustes no preço dos combustíveis anunciados pela estatal ao longo do ano, que desagradaram Bolsonaro.

Bolsonaro citou o projeto sobre a mudança na cobrança do ICMS sobre combustíveis. "Mandei um projeto para Câmara há poucas semanas", destacou. O projeto enviado pelo governo em 12 de fevereiro tem o objetivo de evitar a bitributação do ICMS e, para isso, determina que o imposto deverá incidir sobre o litro de combustível e não mais por porcentual, como é atualmente. "Se Deus quiser com a participação do parlamento brasileiro daremos essa previsibilidade para o consumidor", disse.

Itaipu

Ferreira será o 13º diretor-geral brasileiro da binacional e o quarto militar a comandar a hidrelétrica. Seu mandato valerá até 16 de maio de 2022. Sobre a troca na direção da margem brasileira da hidrelétrica, Bolsonaro afirmou que "pouco coisa mudará", já que o novo diretor pegará uma "casa arrumada".

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