A Caixa Seguridade, braço de seguros da Caixa Econômica Federal, precificou suas ações em R$ 9,67, pouco acima do piso da faixa indicativa, que ia de R$ 9,33 a R$ 12,67, segundo investidores que participam da operação. Nesse valor, a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) deve movimentar cerca de R$ 5 bilhões. A cifra leva em conta a oferta base e a adicional.
Segundo fato relevante divulgado na noite desta terça-feira, 27, a Caixa estima obter um ganho bruto de R$ 3,3 bilhões com a operação. Ao longo do dia, a Caixa Seguridade conseguiu elevar um pouco o preço das ações, que inicialmente havia estacionado em R$ 9,50.
Na segunda-feira, 26, a Caixa Seguridade já tinha demanda suficiente para emplacar seu IPO no piso da faixa, conforme revelou o Estadão/Broadcast. Havia, inclusive, ordens de sobra tanto por parte do varejo quanto do público institucional.
A preocupação com as estatais no Brasil foi notória durante o roadshow (apresentação aos investidores), que foi online por conta da pandemia. Entretanto, as entregas feitas pela gestão da Caixa Seguridade, que colocou de pé tudo o que prometeu desde o ano passado, com a operacionalização das parcerias estratégicas, conseguiu convencer os investidores.
Pessoas físicas
A expectativa, de acordo com fontes, é de que 55% da oferta fiquem com os investidores pessoas físicas. Dessa maneira pode figurar entre as maiores distribuições de varejo já realizadas na bolsa brasileira.
O IPO de seguros é o primeiro na história da Caixa. A oferta foi paralisada em meio à pandemia e retomada este ano. Como a operação será secundária, os recursos captados irão para o caixa do banco.
A abertura de capital da Caixa Seguridade está sendo conduzida pelos bancos Morgan Stanley, Bank of America (BofA), Credit Suisse, Itaú BBA, UBS BB, além da própria Caixa e do Banco do Brasil, que priorizaram a distribuição junto ao público de varejo.
O início das negociações das ações está previsto para quinta-feira, dia 29.
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