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Economia e Negócios

Bolsonaro diz que novo presidente da Petrobras vai "arrumar" empresa

Ele indicou o general Joaquim Silva e Luna para substituir Roberto Castello Branco no comando da estatal; Conselho de Administração da empresa se reúne nesta terça.

Depois de criticar e exigir mudanças no comando da Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira, 23, que "tem muita coisa errada" na estatal. O chefe do Executivo afirmou que o "novo presidente", o seu indicado para a presidência da empresa, general Joaquim Silva e Luna, vai dar "uma arrumada" na petroleira.

Bolsonaro também repetiu que não fez interferências na Petrobras com o argumento de que ainda está em vigor o último reajuste de preços anunciado pela estatal na semana passada. Na quinta-feira, 18, a Petrobras anunciou aumento de 15,2% no diesel e de 10,2% na gasolina. O diesel e a gasolina já acumulam alta de 27,5% e 34,8% em 2021.


“O que que eu interferi na Petrobras? Alguém responde aí? O que que eu falei para baixar o preço? Nada, zero”, disse para a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada. “Tem muita coisa errada, o novo presidente vai dar uma arrumada lá (Petrobras), pode deixar”, acrescentou.

Nesta terça, o Conselho de Administração da Petrobras se reúne para votar a favor ou não do nome do Joaquim Silva e Luna para a presidência da companhia. Na conversa com apoiadores, Bolsonaro assegurou que a estatal terá melhoras com a troca de comando e voltou a sugerir ainda a possibilidade de mais mudanças em seu governo. “Vocês vão ver a Petrobras como vai melhorar. Assim como, se tiver que fazer qualquer mudança, nós faremos”, disse.

No sábado, 20, em Campinas (SP), Bolsonaro afirmou não ter "medo" de fazer mudanças e assegurou que novas trocas poderiam ocorrer nesta semana. "Eu não tenho medo de mudar, não. Semana que vem deve ter mais mudança aí para... E mudança comigo não é de bagrinho, não, é tubarão", disse na ocasião.

Na Petrobras, incluindo parcela da BR Distribuidora, a queda foi de R$ 99,6 bilhões. As ações da empresa, que já tinham caído quase 8% na sexta-feira, despencaram 20,48% (ON) na segunda. No Banco do Brasil, o valor de mercado recuou R$ 12,6 bilhões em dois dias e, na Eletrobrás, quase R$ 900 milhões.

O Banco do Brasil entrou no radar de possíveis interferências no seu comando após Bolsonaro sugerir novas trocas nesta semana. No início do ano, o mandatário chegou a cogitar a demissão de André Brandão, presidente do banco. Também no último sábado, Bolsonaro afirmou que iria "meter o dedo na energia elétrica", em referência a mudanças no setor elétrico.

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