As atividades turísticas no País já somam um prejuízo de R$ 453 bilhões desde o agravamento da pandemia do novo coronavírus, em março de 2020, até outubro deste ano, calcula a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No entanto, a tendência é de recuperação gradual.
Em outubro, a ociosidade da capacidade instalada do setor diminuiu, resultando na menor perda mensal de receitas desde o início da pandemia, R$ 11,2 bilhões, calculou o economista Fabio Bentes, responsável pelo estudo da CNC.
A CNC prevê um crescimento de 21,9% para as atividades turísticas em 2021, seguido de aumento de 2,4% em 2022. O segmento teve um tombo de 36,6% em 2020, afetado pela crise sanitária.
Segundo Bentes, o cancelamento de eventos como réveillon e carnaval em algumas cidades brasileiras deve adiar a recuperação plena do setor para o segundo semestre do ano que vem. Na projeção anterior, o setor recuperava o nível pré-crise em maio.
Do prejuízo acumulado na pandemia até outubro deste ano, mais da metade ficou concentrado nos estados de São Paulo (R$ 193,7 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 55,7 bilhões).
O agregado especial de atividades turísticas cresceu 1,0% em outubro ante setembro, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa a sexta taxa positiva consecutiva, período em que acumulou um ganho de 51,2%. O segmento ainda opera 19,5% aquém do patamar de fevereiro de 2020, no pré-pandemia.
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