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Economia e Negócios

Comércio bilateral entre Brasil e EUA tem o pior desempenho em 11 anos

Sob efeito da pandemia, as trocas comerciais tiveram queda de 25,1% de janeiro a setembro na comparação com o mesmo período do ano passado.

O comércio bilateral entre Brasil e Estados Unidos em 2020 teve o pior desempenho dos últimos 11 anos, segundo dados da Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil) compilados no estudo “Monitor de Comércio Brasil-Estados Unidos”. As trocas comerciais foram de US$ 33,4 bilhões de janeiro a setembro deste ano, uma contração de 25,1% em comparação com o mesmo período do ano passado.

As exportações brasileiras para os Estados Unidos foram de US$ 15,2 bilhões; se comparado com o mesmo período do ano passado, o valor é 31,5% menor. As importações americanas foram de US$ 18,3 bilhões, o que representa uma redução de 18,8%.


O saldo negativo de US$ 3,1 bilhões para o Brasil consolida o déficit bilateral para 2020, que pode ser o pior dos últimos seis anos, diz o estudo. Ainda assim, os Estados Unidos continuam sendo o segundo principal parceiro comercial do Brasil, respondendo por 9,7% das vendas totais do País, perdendo apenas para a China, cuja fatia subiu para 28,8%.

A Amcham cita que os efeitos da pandemia, a queda do preço do petróleo e restrições do comércio em setores como o da siderurgia levaram ao desempenho negativo do comércio.

As maiores quedas nas exportações brasileiras foram na venda de óleos brutos de petróleo (menos US$ 1,4 bilhão), aeronave (menos US$ 893 milhões), óleos combustíveis (menos US$ 773 milhões) e semi-acabados de aço (menos US$ 631 milhões).

Do lado das importações, o Brasil diminuiu as compras de óleos combustíveis (menos US$ 1,7 bilhão), carvão não aglomerado (menos US$ 450 milhões) e compostos organo-inorgânicos (menos US$ 116 milhões). O tombo das importações se concentrou no terceiro trimestre, com a redução de 41,6% das importações. Até o primeiro semestre, a queda havia sido de 4,4% devido à aquisição de uma plataforma de petróleo de US$ 1,2 bilhão.

A projeção é que as exportações brasileiras caiam entre 27% e 30% até o fim do ano; e as importações, entre 20% e 22%. O déficit para o Brasil ficaria entre US$ 2,4 bilhões e US$ 2,8 bilhões.

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