O Grupo Pão de Açúcar contratou o Bradesco BBI para a venda de sua rede de postos de gasolina, como parte de estratégia de focar apenas no varejo alimentar, apurou o Estadão/Broadcast. A estratégia ocorre depois da venda de sua participação na Via Varejo, no ano passado.
No fim de junho, conforme o demonstrativo financeiro da companhia, o GPA possuía 71 postos. Para as farmácias do grupo, a estratégia deve ser a mesma, mas até aqui nenhum banco foi contratado. Procurado, o GPA afirmou que não vai comentar.
Durante os três primeiros trimestres do ano passado, o número de postos de gasolina permaneceu estável, enquanto a rede de drogarias fechou uma unidade, passando para 123 lojas.
Em dezembro, a companhia anunciou emissão de debêntures de R$ 2 bilhões com valor unitário de R$ 1 mil para, entre outras atividades, reforço do capital de giro, alongamento do perfil de endividamento e reforço de capital relacionado ao agronegócio.
De acordo com dados financeiros do 3.º trimestre de 2019, a receita bruta do GPA alcançou R$ 14,6 bilhões, o que representou aumento de 9,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. No segmento Alimentar, o lucro líquido totalizou R$ 233 milhões – mais 22,5% ante o terceiro trimestre de 2018.
Na Bolsa, as ações PN do grupo fecharam ontem em alta de 1,19%, a R$ 91,70. O analista Antonio Castrucci, do Brasil Plural, afirmou que a decisão é positiva, porque os postos apresentam baixa rentabilidade. “Para o GPA é positivo, porque ele foca no Assaí. No último dia do investidor, a empresa já sinalizou que pode converter lojas do Extra que não estão dando rentabilidade para atacarejo.”
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