A Petrobras não deverá repassar imediatamente a disparada do preço do petróleo para o consumidor brasileiro. O ‘Estado’ apurou que a estatal deverá avaliar o comportamento do preço do petróleo nos próximos dias para decidir se vai ou não revisar os preços de seus derivados no Brasil. Na prática, significa que, por ora, a petroleira vai segurar os preços dos combustíveis.
A ideia é dar continuidade à política atual, que atrela os preços às cotações no mercado internacional, com repasses à medida em que há mudança de patamar dos valores.
Para se resguardar de prejuízos financeiros enquanto não repassa altas no mercado externo para o consumidor, a companhia recorre ao artifício financeiro de hedge, instrumentos de proteção que compensam oscilações de curto prazo.
Especialistas e investidores destacam, porém, a necessidade de a empresa não ser usada para atender às demandas do governo, como aconteceu no passado, quando a empresa foi usada para segurar a inflação. A companhia mantinha os preços dos combustíveis inalterados apesar das oscilações externas, o que gerou um rombo nas suas caixas.
Se o mercado perceber que a mesma prática está sendo adotada pela gestão atual, o seu programa de venda de refinarias será afetado, porque nenhuma empresa terá interesse em fazer parte de um setor comandado por interesses políticos e não econômicos.
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