O principal índice à vista da B3 terminou a segunda-feira, 30, com queda de 0,76%, aos 115.645,34 pontos. Como muitos investidores já estão de folga, o volume de negócios do último dia de pregão somou R$ 15,3 bilhões, aquém por exemplo, dos R$ 16,1 bilhões de sexta-feira, que já fora considerado modesto.
No geral, porém, 2019 foi positivo para a Bolsa, pois foi um ano marcado por juros em queda - ainda que o PIB tenha seguido em ritmo lento - em que a busca por risco prevaleceu. Amparado pelo avanço de reformas, como a aprovação da Previdência, o Ibovespa acumulou ganho de 31,58% em 2019, o melhor desempenho desde 2016. E tal cenário se concretizou mesmo com a saída líquida de investidores estrangeiros da Bolsa, de R$ 43 bilhões até a última quinta-feira.
Nesta segunda, o Ibovespa sucumbiu ao processo de realização de lucro das bolsas norte-americanas. O principal índice à vista da B3 passou a manhã em alta firme, chegando a operar acima dos 117 mil pontos (117.085,94 pontos), mas perdeu ímpeto após o índice de atividade industrial de Chicago subir 48,9 em dezembro, ante previsão de 47,4, e depois que o petróleo reduziu consideravelmente o ritmo de ganho. Com isso, o Ibovespa passou para o terreno negativo. Soma-se a isso o fato de que o investidor aproveitou o último para embolsar lucros, o que reduziu a liquidez.
Dólar
O dólar terminou o último pregão com baixa de 0,95%, cotado em R$ 4,0118. Foi a menor cotação desde 5 de novembro. No acumulado do ano, porém, a moeda americana acumulou valorização de 3,63%, menor somente que a observada, entre os emergentes, diante do peso da Argentina (+59%), da lira turca (+12%) e do peso chileno (+8%). Para 2020, bancos como o Crédit Agricole, Bank of America Merrill Lynch, Credit Suisse e JPMorgan veem a moeda americana oscilando ao redor de R$ 4,00.
A perspectiva de que Estados Unidos e China vão assinar o acordo "fase 1" logo no começo do próximo ano fez o dólar cair no mercado internacional, ajudando na queda também aqui.
O avanço das negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo foi um dos principais fatores que contribuíram para a queda do dólar este mês. Em dezembro, a moeda americana acumulou baixa de 5,40%, perdendo apenas para o mês de janeiro, quando a divisa recuou 5,48%, em meio à euforia com o início do governo de Jair Bolsonaro.
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