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Economia e Negócios

FGTS perdeu quase 40% para avanço da inflação em 17 anos

Trabalhador com saldo no fundo de 2016 teve perda real de 1,22%.

Segundo levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), o dinheiro aplicado no Fundo de Garantia do Tempo de serviço (FGTS), acumula perda de 39% para a inflação nos últimos 17 anos. Só em 2016, a defasagem foi de 1,2%, atrás de todas as aplicações que envolvem alto risco.

De acordo com informações do G1, o que aconteceu com os trabalhadores que tinham dinheiro no FGTS foi que a rentabilidade da aplicação financeira ficou abaixo da inflação no período, fazendo com que o retorno real (descontado à inflação) se tornasse negativo, perdendo o poder de compra.


  • Foto: DivulgaçãoCarteira de trabalhoCarteira de trabalho

Para o diretor executivo de estudos da Anefac, Miguel de Oliveira, “tirando os investimentos de alto risco, foi o pior retorno entre as aplicações financeiras, como tem sido todos os anos”, avalia. “A rentabilidade é tão baixa que o FGTS nem pode ser considerado um investimento”, acrescenta.

O Fundo de Garantia é recolhido todos os meses sobre 8% do salário do trabalhador e rende 3% ao ano mais a taxa referencial (TR). A TR é usada como referência para os juros no Brasil e faz a correção monetária de vários investimentos, como a poupança. Segundo a Caixa Econômica, entre janeiro de 2000 e dezembro de 2016, o FGTS acumulou um retorno de 120,63%. No mesmo período, a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) corroeu esses ganhos ao avançar 200,63%. Em 2016, a inflação de 6,29% ficou mais uma vez acima dos ganhos do Fundo, de 5,01%.

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