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Economia e Negócios

Tabela do Imposto de Renda tem maior defasagem em 15 anos

Segundo o Sindifisco Nacional, defasagem média somou 4,81% em 2015.

Com a inflação de 2015, que chegou a 10,67% pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), maior desde 2002, houve uma defasagem média de 4,81% em 2015 na correção da tabela do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF). A informação foi divulgada nesta segunda-feira (11) pelo Sindifisco Nacional e a correção média da tabela do IR em 2015 foi calculada em 5,6%. Em 20 anos a defasagem foi de 72,2%.
Imagem: Divulgação Petistas sugerem cobrar CPMF só de quem ganha mais(Imagem:Divulgação) Tabela do Imposto de Renda tem maior defasagem em 15 anos

"A não correção da Tabela do IR pelo índice de inflação faz com que o contribuinte pague mais imposto de renda do que pagava no ano anterior. Ressalte-se que o ano de 2015 registrou a maior defasagem anual dos últimos dez anos", afirma o documento do Departamento de Estudos Técnicos.

No ano passado o governo promoveu um reajuste escalonado da tabela do Imposto de Renda, com validade de abril em diante. O reajuste de 6,5% na tabela foi apenas para as duas primeiras faixas de renda. Na terceira faixa o reajuste foi de 5,5%. Para quem recebe salários maiores, na quarta e quinta-faixa faixa, foi em 5% e 4,5%.

Baseado no IPCA de 2015, divulgado pelo IBGE, a defasagem do ano passado por faixa de rendimento foi de 3,92% para quem ganha até R$ 2.826,66; 4,90% para quem ganha entre R$ 2.826,67 e R$ 3. 751,05; 5,40% para quem ganha entre R$ 3. 751,06 e R$ 4.664,68 e defasagem de 5,90% para valores acima de R$ 4.64,68.

"A correção da defasagem da Tabela do IR deve se aplicar também a outras deduções previstas na legislação do Imposto de Renda, especialmente às deduções com dependentes, às despesas com educação e à parcela isenta dos rendimentos de aposentadoria, pensões e transferência para reserva remunerada ou reforma, pagos aos contribuintes com mais de 65 anos de idade", disse o Sindifisco Nacional.

“As classes assalariadas de menor renda é que estão sendo as maiores prejudicadas. Com a volta da inflação ao patamar de dois dígitos, é mais um peso imenso para a sociedade”, afirmou Cláudio Damasceno, presidente do Sindifisco Nacional.

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