A taxa de desemprego de 9,5% registrada nos Estados Unidos em junho oculta um dado ainda mais preocupante - a população sem trabalho supera essa média em 19 dos 51 Estados americanos e alcança 14% nas regiões mais industrializadas do país.
Enquanto o desemprego em Dakota do Norte, um Estado eminentemente agrícola na fronteira com o Canadá, manteve-se em apenas 3,6% - taxa bem menor que a média do Brasil no período, de 7,0% -, Nevada apresentou um recorde de 14,2%.
Segundo o economista Gary Burtless, do Brookings Institute, o desemprego atacou seriamente os Estados nos quais a indústria da construção civil se mostrava mais pujante até meados da década.
Junto com o colapso da indústria da construção civil, decorrente da crise do subprime, em setembro de 2008, somou-se a expansão exagerada entre meados da década de 90 e 2006, que deixou um estoque de construções bem acima da demanda atual do mercado. Esses foram os casos de Nevada, da Califórnia (12,3% de desemprego), da Flórida (11,4%) e do Arizona que, com 9,6%, está mais próximo da média nacional.
Nesses Estados, a população economicamente ativa e a taxa de emprego vinham crescendo justamente em função do desenvolvimento da indústria da construção, que atraiu trabalhadores de outras regiões do país e imigrantes. Nas contas de Burtless, 25% da mão de obra do setor está atualmente sem emprego.
Outros Estados afetados gravemente foram os que dependem economicamente da indústria manufatureira. O vice-campeão do desemprego no país, Michigan, apresentou uma taxa de desemprego de 13,2% em junho. A capital do Estado, Detroit, é ainda o maior polo da indústria automotiva do país e superou a média de desemprego do próprio Estado, com 13,7%.
Outro Estado dominado pela indústria e pelo setor financeiro, Illinois, apresentou taxa de 10,4%. Trata-se também do berço político do presidente americano, Barack Obama.
Nesses casos, segundo Burtless, o desemprego no setor manufatureiro já vinha assombrando desde o início dos anos 80, em função da transferência de investimentos produtivos para a Ásia - sobretudo, de setores intensivos em mão de obra, como têxtil e calçados. Hoje, 50% dos trabalhadores nos Estados industriais americanos está sem emprego.
Mas, de acordo com Burtless, a perspectiva para essas regiões não é das piores. "A tendência é de recuperação mais rápida da indústria manufatureira, que responde mais facilmente à retomada do consumo, que da construção civil", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Enquanto o desemprego em Dakota do Norte, um Estado eminentemente agrícola na fronteira com o Canadá, manteve-se em apenas 3,6% - taxa bem menor que a média do Brasil no período, de 7,0% -, Nevada apresentou um recorde de 14,2%.
Segundo o economista Gary Burtless, do Brookings Institute, o desemprego atacou seriamente os Estados nos quais a indústria da construção civil se mostrava mais pujante até meados da década.
Junto com o colapso da indústria da construção civil, decorrente da crise do subprime, em setembro de 2008, somou-se a expansão exagerada entre meados da década de 90 e 2006, que deixou um estoque de construções bem acima da demanda atual do mercado. Esses foram os casos de Nevada, da Califórnia (12,3% de desemprego), da Flórida (11,4%) e do Arizona que, com 9,6%, está mais próximo da média nacional.
Nesses Estados, a população economicamente ativa e a taxa de emprego vinham crescendo justamente em função do desenvolvimento da indústria da construção, que atraiu trabalhadores de outras regiões do país e imigrantes. Nas contas de Burtless, 25% da mão de obra do setor está atualmente sem emprego.
Outros Estados afetados gravemente foram os que dependem economicamente da indústria manufatureira. O vice-campeão do desemprego no país, Michigan, apresentou uma taxa de desemprego de 13,2% em junho. A capital do Estado, Detroit, é ainda o maior polo da indústria automotiva do país e superou a média de desemprego do próprio Estado, com 13,7%.
Outro Estado dominado pela indústria e pelo setor financeiro, Illinois, apresentou taxa de 10,4%. Trata-se também do berço político do presidente americano, Barack Obama.
Nesses casos, segundo Burtless, o desemprego no setor manufatureiro já vinha assombrando desde o início dos anos 80, em função da transferência de investimentos produtivos para a Ásia - sobretudo, de setores intensivos em mão de obra, como têxtil e calçados. Hoje, 50% dos trabalhadores nos Estados industriais americanos está sem emprego.
Mas, de acordo com Burtless, a perspectiva para essas regiões não é das piores. "A tendência é de recuperação mais rápida da indústria manufatureira, que responde mais facilmente à retomada do consumo, que da construção civil", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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