Na quarta-feira (03), o advogado Fábio Wajngarten, que defende o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou a jornalistas que ainda não teve acesso aos autos do processo e que o ex-chefe do Executivo só prestará depoimento à Polícia Federal (PF) após recebê-los. A afirmação foi dada em coletiva de imprensa na saída da sede da PF em Brasília.
Wajngarten declarou que o presidente "estará à disposição como sempre esteve das autoridades competentes, tão logo a defesa tenha acesso aos autos". Ele ainda informou que os autos estão com o ministro Alexandre de Moraes, e que o Dr. Bessa já peticionou o acesso. "Não temos informação, não tivemos acesso a nada", concluiu.
Após a coletiva, Wajngarten deixou o local e foi encontrar Bolsonaro na sede do Partido Liberal (PL), onde o ex-presidente se encontra desde o início da manhã. Segundo o advogado, até o momento, Sérgio Cordeiro e Max Guilherme, ex-funcionários do presidente presos na operação, já prestaram depoimento, e o tenente-coronel Mauro Cid deve dar esclarecimentos em breve. "Todos estavam em suas respectivas residências e fizeram questão de frisar que foram muito bem tratados pelas equipes da Polícia Federal", afirmou Wajngarten.
O advogado ainda revelou que Max Guilherme já prestou depoimento e foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde realizou exame de corpo de delito. No entanto, ele alegou não ter conhecimento do que foi dito pelo ex-assessor de Bolsonaro.
Entenda o caso
Mais cedo, o ex-presidente foi alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga a inserção de informações falsas no banco de dados oficial do Ministério da Saúde sobre vacinação, e três de seus auxiliares mais próximos foram presos. O caso está no âmbito do inquérito das milícias digitais, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao todo, seis pessoas atreladas ao governo do ex-presidente foram presas e 17 são alvos de busca e apreensão. Entre os presos está o ex-auxiliar de ordem de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, além dos assessores pessoais do ex-presidente Max Guilherme e Sérgio Cordeiro, que trabalhavam no Planalto.
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