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Ciência e Tecnologia

Apple libera atualização do iOS que protege o iPhone contra espionagem

A Apple liberou uma nova versão de iOS para corrigir uma falha de segurança do sistema.

Usuários de iPhone precisarão atualizar seus aparelhos uma última vez antes de garantir o novo sistema operacional apresentado pela empresa, o iOS 15, que estará disponível na próxima segunda-feira, 20. Isso porque a Apple liberou uma nova versão de iOS para corrigir uma falha de segurança do sistema, ligada à vulnerabilidades exploradas pelo Pegasus, software de espionagem israelense. Também vão receber atualizações de segurança os sistemas iPadOS, WatchOS e do MacOS Big Sur e Catalina.

Na última segunda-feira, 13, a Apple divulgou uma nota em que alertava seus usuários para a importância da atualização, que pode impedir que o software tenha acesso ao celular por meio de arquivos, como PDFs, por exemplo. A atualização solicitada para iPhone é a iOS 14.8.


"O processamento de um PDF criado com códigos maliciosos pode causar a execução arbitrária de códigos", dizia a nota. "A Apple está ciente de um relatório de que esse problema pode ter sido explorado ativamente".

Para atualizar o iPhone para a nova versão do iOS, é necessário acessar as configurações do celular, clicar em "Geral" e em "Atualização de software". A tela vai mostrar a versão disponível — iOS 14.8 — e um botão para fazer o download e instalar a atualização.

Proteção

A empresa também afirmou que trabalha para garantir que o maior número de pessoas possam estar seguras utilizando o sistema operacional da marca. Nos documentos que revelaram a invasão de celulares de jornalistas, 34 dos 37 aparelhos afetados eram iPhones.

"Ataques como os descritos são altamente sofisticados, custam milhões de dólares para desenvolver, geralmente têm uma vida útil curta e são usados ​​para atingir indivíduos específicos", disse Ivan Krstić, que dirige as operações de engenharia e arquitetura de segurança da Apple, em um comunicado. "Embora isso signifique que eles não são uma ameaça para a esmagadora maioria de nossos usuários, continuamos a trabalhar incansavelmente para defender todos os nossos clientes e estamos constantemente adicionando novas proteções para seus dispositivos e dados."

O Pegasus surgiu na mídia em julho deste ano, quando a Anistia Internacional, juntamente com a ONG Forbidden Stories, revelaram casos de espionagem em celulares de jornalistas, ativistas e empresários — o software, da empresa NSO Group, teria sido contratado por governos para monitorar atividades desses grupos. Com um ataque silencioso, o Pegasus podia entrar em sistemas operacionais Android e iOS sem que o usuário clicasse em links ou abrissem páginas suspeitas. Uma vez instalado, o software tinha acesso a localização, contatos, registros telefônicos e até aplicativos com criptografia, como o WhatsApp, por exemplo.

Em nota, a NSO afirmou que "vai continuar a fornecer às agências de inteligência e aplicação da lei em todo o mundo tecnologias que salvam vidas para combater o terror e o crime". De acordo com a empresa, o software é comercializado apenas para órgãos governamentais aprovados por Israel e que a ferramenta é um ponto de auxílio para combater terroristas e criminosos.

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