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Ciência e Tecnologia

LG anuncia fim da produção de celulares em todo o mundo

Fábrica da empresa sul-coreana em Taubaté (SP) tem cerca de mil trabalhadores.

A fabricante sul-coreana LG anunciou nesta segunda-feira, 5, que irá abandonar a produção de celulares em todo o mundo, alegando prejuízos acumulados da ordem de US$ 4,1 bilhões ao longo de 23 trimestres consecutivos até o fim do ano passado. A notícia já era esperada pelo mercado, que desde janeiro aguarda o anúncio da empresa.

"Depois de avaliar todas as possibilidades para o futuro do nosso negócio de celulares, o Headquarter Global decidiu por fechar esta divisão a fim de fortalecer sua competitividade futura por meio de seleção e foco estratégico", afirma a LG Brasil em declaração à imprensa.


Segundo apurado pelo Estadão com fontes do mercado, a marca no País ampliou a fatia no mercado de smartphones e totalizou 12%, atrás apenas da Samsung e Motorola, líderes no segmento. As fontes esperam que outras participantes abocanhem a fatia da LG e cresçam em participação neste ano, sem haver uma redução do mercado. Marcas menores, como Asus, TCL e Positivo, podem se beneficiar nesse movimento.

Como consequência da desistência da LG, toda a linha de lançamentos de novos smartphones da casa, incluindo o modelo dobrável LG Rollable, deve ser interrompida e não chegará às prateleiras das lojas. Outros negócios mundiais da empresa, como baterias e componentes automotivos, deverão ser o foco e devem absorver os trabalhadores da divisão de smartphones para que não sejam demitidos.

No Brasil, no entanto, o cenário é incerto. Produtora de monitores e celulares, a fábrica da LG no País, localizada em Taubaté (SP), abriga cerca de mil funcionários, sendo 400 deles trabalhadores diretos na produção que está sendo encerrada, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau).

Devido aos rumores de que a sul-coreana fecharia a divisão de celulares, os trabalhadores brasileiros decretaram "estado de greve" em 26 de março para pressionar a fábrica sobre o futuro da instalação — "estado de greve" não é a paralisação dos trabalhos, e sim "um alerta", explicou o sindicato ao Estadão. O Sindmetau tem reunião marcada com a LG na próxima terça-feira, 6.

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