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Tumor raro provoca mudança na cor da pele de jovem no Ceará

Tumor causou distúrbios e comprometeu a vida da mulher, que tenta obter na justiça o remédio necessário.

Uma mulher identificada como Sabrina Gomes, 24 anos, foi diagnosticada com um tumor no tórax (timoma), que causa excesso de Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH), fazendo com que as glândulas adrenais da jovem produzam mais cortisol que o necessário. O cortisol regula os níveis de açúcar no sangue e fortalece o sistema imunológico.

O diagnóstico do tumor aconteceu ainda na adolescência de Sabrina, sendo responsável pelo desenvolvimento da Síndrome de Cushing. O tumor, junto a síndrome, causa hipertensão arterial, acúmulo de gordura, fadiga, dificuldade de cicatrização, dificuldade para respirar, insuficiência renal, pressão alta e distúrbios metabólicos.


Foto: ReproduçãoTumor raro provoca mudança na cor de pele de uma jovem
Tumor raro provocou mudança na cor de pele de Sabrina

Sabrina passou por três quimioterapia e quatro cirurgias desde o diagnóstico. Uma das cirurgias foi para a retirada das glândulas adrenais, para resolução do problema de excesso de cortisol, porém, o tumor continuou produzindo o hormônio ACTH, que tem a mesma origem do hormônio Alfa-Melanócito Estimulante (MSH), responsável pela produção da melanina. Os níveis altos do ACTH fizeram com que o hormônio se acoplasse nas células receptoras, como se fosse MSH. Por serem “parecidos”, as células entendem que o ACTH é o mesmo que o MSH, aumentando a produção de melanina, causando a hiperpigmentação da pele da jovem.

Segundo os profissionais que acompanham a jovem, a esperança seria o tratamento com lutécio, que pode estabilizar e até eliminar o tumor. O medicamento tem custo de R$ 32 mil por dose, sendo necessárias quatro aplicações para o tratamento de Sabrina, custando ao todo R$ 130 mil.

Em março deste ano, ela conseguiu na justiça que a Secretaria Estadual de Saúde do Ceará (Sesa) providenciasse o tratamento. Contudo, a decisão não garantiu a entrega do remédio.

Breno Novais, coordenador de monitoramento, avaliação e controle de Saúde da Sesa informou que a pasta abriu um processo de dispensa de licitação, mas nenhuma unidade habilitada se cadastrou para a execução desse serviço. O coordenador reforçou ainda que o medicamento não consta no rol do Sistema Único de Saúde (SUS). “Nós fizemos nova comunicação com os serviços habilitados aqui do estado. A Secretaria está seguindo todos os trâmites legais para a contratualização segura desse serviço” explicou.

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