Francielle Barroso
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) afirmou que o Governo Federal fez “agiotagem” na cobrança da dívida bilionária do estado mineiro com a União. A crítica, dada na segunda-feira (03), ocorreu por meio de uma mensagem enviada à Assembleia Legislativa mineira para a sessão de retorno dos trabalhos.
Contudo, mesmo com a crítica às cobranças e aos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao programa de pagamento de dívidas, o governador ressaltou que a ação tornará o estado sustentável. “É hora de lutarmos, todos juntos, pela derruba dos vetos. Porém, independentemente do sucesso dessa empreitada, temos a segurança de dizer que o Propag é o caminho que Minas vai seguir para se tonar um Estado sustentável. Romper esse ciclo de agiotagem à qual Minas foi submetida nas últimas décadas pela União é a porta de entrada para um futuro onde os mineiros vão ter os serviços de Educação, Saúde, Segurança e Infraestrutura que merecem”, disse Zema.
O Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), é um projeto de autoria do senador Rodrigo Pacheco (PSD), que foi aprovado em 2024 e sancionado no começo de 2025 a fim de flexibilizar as regras de pagamento dos débitos com a União.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porém, vetou alguns itens que poderiam afetar o resultado primário, resultando em uma crise com críticas de lado a lado. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad e da Casa Civil, Rui Costa acusaram Romeu Zema de querer jogar a conta de empréstimos com instituições privadas para a União. Já Tadeu Leite (MDB-MG), presidente da Assembleia Legislativa de Minas, também defendeu a derrubada dos vetos presidenciais, principalmente em trechos que trata dos financiamentos.
Em contrapartida, o deputado estadual Cristiano Silveira (PT) rebateu as críticas ao Governo Federal, acusando ainda o governador mineiro de ser responsável pelo aumento da dívida do estado. Minas Gerais deixou de pagar a União nos últimos anos devido a uma liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ainda na gestão de Fernando Pimentel.
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