O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, decidiu continuar no cargo após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizada na última sexta-feira (31). A princípio, Múcio havia manifestado o desejo de deixar o governo para se dedicar à família, mas, após insistência de Lula, optou por permanecer à frente da pasta. A decisão foi vista como uma demonstração da confiança mútua entre os dois, que mantêm uma amizade de longa data.
A permanência de Múcio foi um tema de discussão interna no governo. Apesar de já ter informado o presidente sobre sua vontade de sair, ele afirmou que, caso saísse, a decisão deveria ser tomada exclusivamente por Lula, para preservar a amizade. Com isso, o presidente não apenas entendeu o pedido do amigo, mas também teve dificuldades para encontrar um substituto que atendesse aos requisitos de confiança tanto dele quanto dos comandantes das Forças Armadas.
Durante esse processo, o nome do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) chegou a ser cogitado para assumir o Ministério da Defesa. Caso isso acontecesse, Alckmin teria que deixar o cargo atual, no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Além disso, especulou-se que o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), poderia ser indicado para o MDIC ou até para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, caso Lula optasse por uma reforma ministerial.
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