O governo Lula, por meio do Ministério da Saúde espera o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para adquirir doses de vacina contra a covid-19 com a formulação mais recente, visto que o Brasil ainda aplica o medicamento que não corresponde à versão mais atualizada disponível. A compra deve envolver cerca 60 milhões de unidades.
Os postos de saúde oferecem vacinas direcionadas à variante Ômicron XBB.1.5, que foram desenvolvidas no final de 2023 e aprovadas no Brasil no início de 2024. Contudo, essa formulação não é a mais recomendada. Ainda em abril de 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou a atualização para a variante JN.1, considerada a mais prevalente. A Anvisa seguiu a recomendação em setembro e liberou a aplicação de vacinas adaptadas a essa nova cepa dois meses depois, porém, somente as fabricantes Pfizer e Moderna receberam aprovação.
O Ministério da Saúde, no entanto, mantém um contrato com a Zalika Farmacêutica para o fornecimento da vacina Covovax, da Novavax. A versão adaptada para a JN.1 ainda não recebeu aprovação no Brasil, devido à espera da análise das exigências técnicas solicitadas pela Anvisa. A expectativa é que a apuração seja concluída na primeira semana de fevereiro. Contudo, A vigilância estabeleceu que vacinas antigas poderiam ser utilizadas por até nove meses depois da aprovação de uma nova versão, assim, a XBB.1.5 ainda continuará disponível no Brasil.
O contrato com a Zalika prevê fornecimento até 2026 e o governo Lula pode executar a aquisição conforme a demanda a fim de evitar desperdícios, visto que a adesão à vacinação tem sido menor do que o esperado, onde 20% da população recebeu quatro doses.
A imunização contra a covid-19 foi incorporada aos calendários de vacinação de crianças, idosos e gestantes desde o ano passado, assim, idosos com mais de 60 anos devem receber uma dose a cada seis meses, bem como gestantes devem ser vacinadas em cada gravidez e crianças entre 6 meses e 5 anos precisam seguir um esquema de duas ou três doses, a depender do fabricante da vacina. Para os demais grupos prioritários, como indígenas, quilombolas, imunocomprometidos e trabalhadores da saúde, a vacinação continua dentro do esquema especial do PNI. Os imunocomprometidos devem receber reforços a cada seis meses e para os demais grupos a recomendação é uma dose anual.
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